Divulguei aqui – no dia de ontem, 04 – o nome dos deputados federais alagoanos que assinaram a criação da nova Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) que tem por objetivo apurar irregularidades na estatal.

Constam as assinaturas de Pedro Vilela (PSDB), Marx Beltrão (PMDB) e Ronaldo Lessa (PDT). A assinatura de João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade) não está na listagem, mas – como já havia dito aqui – ele afirma que assinou e que deve ter ocorrido algum erro na contabilização feita pela Secretaria Geral da Mesa.

Levando isto em consideração, são quatro assinaturas. Chamou-me a atenção a ausência da assinatura do deputado federal Maurício Quintella (PR). Explico o motivo: Quintella é líder da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as investigações sobre as denúncias de pagamento de propina a funcionários da Petrobras.

Seria um contra-senso se não apoiasse a nova CPI, até mesmo porque Quintella sempre fez cobranças duras em relação às investigações, inclusive chegando a ter um atrito com o ex-presidente da Câmara de Deputados, Henrique Alves (PMDB).

Quintella – em um relatório entregue no ano passado – chegou a sugerir a quebra do sigilo bancário de empresas que operam no Brasil junto à Petrobras para “perseguir o caminho do dinheiro”. Foi um dos primeiros a destacar a importância dos depoimentos de Paulo Roberto Costa – ex-diretor da Petrobrás – antes mesmo deste depor.

Nesta legislatura, Quintella é líder do PR. Partido da base aliada. Seria motivo para não apoiar esta nova CPI? O próprio Maurício Quintella responde. Ele afirma que não chegou a ser procurado na fase de coleta e que foi surpreendido por ela. Destaca que os deputados federais agiram rápido para evitar “retirada de assinaturas”. Por isso não deu tempo dele assinar a criação da Comissão.

“Assim que tinha assinaturas suficientes já protocolaram para não haver chance de retirada das assinaturas”, salientou.

Mas afirmou seu apoio e lembrou justamente que foi voz ativa em relação às investigações envolvendo a Petrobrás. Destacou ainda que o PR ser da base não impediu a posição de seus filiados no Congresso Nacional. “Eu ainda estou presidindo a Comissão Externa apesar de hoje estar liderando o PR, que é partido da base. Mas, o PR contribuiu com sete assinaturas”. O parlamentar – portanto – também cobra investigações aprofundadas. 

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