Nove dos dez partidos políticos com bancada formada por mais de um senador definiram os seus líderes no Senado Federal. A escolha foi divulgada pela Agência Senado. Apenas o PT ainda não definiu quem vai comandar a sua bancada.

Dois alagoanos se destacaram em suas bancadas e assumem as lideranças. O senador Benedito de Lira (PP) vai comandar os pepistas. Já Fernando Collor de Mello será o “condutor” das decisões do PTB.

Além deles dois, foram definidos como líderes o Eunício Oliveira (PMDB/CE), Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), Acir Gurgacz (PDT/RO), Ronaldo Caiado (DEM/GO), João Capiberibe (PSB/AP), Blairo Maggi (PR/MT) e Omar Aziz (PSD/AM).

Na Câmara dos Deputados, um alagoano também já figura na condição de líder: Maurício Quintella (PR). Há expectativa que o deputado federal Arthur Lira (PP) assuma o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Em geral, os alagoanos sem terminam com bons espaços dentro do parlamento. Nos últimos anos, por exemplo, nomes da bancada federal de Alagoas sempre figuraram na Mesa Diretora do Congresso Nacional, do Senado e da Câmara.

Renan Calheiros (PMDB) – por exemplo – conseguiu se reeleger para a presidência do Senado Federal, ainda que em uma vitória apertada. 

No caso do Senado Federal, a escolha deve ser formalizada com o envio do nome do líder à Mesa Diretora, em ofício com a assinatura da maioria dos integrantes da legenda. Esses partidos, além dos que possuem um único senador (PSOL, PCdoB, PRB, PPS e PSC) ainda discutem a formação de blocos na Casa.

Até o presente momento, o bloco de oposição conta com PSDB e Democratas. O líder do bloco é o senador Álvaro Dias (PSDB).  Outros blocos também foram formados. Collor lidera o “União e Força” que reúne PR, PTB, PRB e PSC.

O detalhe é a presença do PSC dentro deste grupo que agrega aliados da presidente Dilma Rousseff (PT). O PSC é o partido do pastor Everaldo, que foi candidato à presidência fazendo duras críticas ao atual governo federal.

Também foi formado o bloco “Democracia Participativa” que abriga o PSB, PP e PPS. Neste, que é liderado pela socialista Lídice Mata, há dois partidos que se encontram no campo da oposição: PSB e PPS.

A importância da liderança se dá pela possibilidade de conduzir a unificação do discurso partidário ou do bloco montado. Ele é responsável ainda pela articulação política e diversos aspectos do trabalho legislativo. O colégio de líderes – por exemplo – pode ter influência na pauta do Senado.

O líder ainda pode falar pela bancada e cabe a ele pedidos de destaque, dispensa de discussão de matérias em pautas e até adiamento de votação de projeto. 

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