Conversei com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), Thiago Bomfim, durante um dos programas Jornal do Povo, na Rádio Jornal AM710. Este post já deveria ter ido ao ar há alguns dias, mas em virtude de outras pautas mais urgentes (por conta do factual do jornalismo) só a escrevo no dia de hoje, 26.

Entre os diversos temas discutidos com Thiago Bomfim – alguns dos quais já relatados pelo blog em postagem muito anterior a esta – dialoguei com o presidente da OAB/AL sobre as posições da Ordem dos Advogados do Brasil nacional. A entidade tem sido alvo de críticas em função das posturas do presidente Marcos Vinícius Coelho.

Existiriam matérias nacionais insinuando que Marcos Vinícius Coelho não se posicionava de forma mais firme em relação a casos de corrupção como a Operação Lava-jato em função dos caminhos políticos próximo ao governo federal que poderiam levá-lo a ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo. São especulações de bastidores.

A mesma postura foi cobrada em relação às rebeliões no presídio de Pedrinhas, no Maranhão. Enfim...busquei saber o que Thiago Bomfim pensava a respeito destas críticas feitas ao presidente da Ordem nacional e se ele concordava ou não com elas. Bomfim se mostrou aliado e admirador do presidente nacional da entidade.

Ele negou que a OAB nacional seja omissa ou seletiva nos casos sobre os quais se posiciona. “Quem se posiciona pela OAB nacional é o Conselho Federal e o presidente nacional. Mas, eu tenho dito que há uma diferença entre omissão e discrição. Neste ponto, eu tenho um perfil semelhante ao do nosso presidente nacional e até me espelho nele pela experiência de vida pessoal e profissional do Marcos Vinícius. A OAB nacional tem se posicionado de forma firme e altiva em relação a todos os episódios da vida política nacional. Inclusive, alguns estão na pauta do Conselho Federal. Eu já presenciei isto. Como ocorre com o tema envolvendo a situação do sistema carcerário brasileiro, que a OAB tem estudado e apontado”.

Thiago Bomfim diz que se confunde – ao interpretar as posturas do presidente – esta discrição com omissão na hora de se fazer as críticas. “O presidente tem uma máxima que ele repete e eu concordo. Ele coloca que o presidente da OAB não será um comentarista de casos, mas um protagonista de causas. Então, muitas vezes esta atuação discreta é confundida como omissa pelo fato de não se estar buscando espaço na mídia, nem autopromoção”.

“Eu sou testemunha da postura republicada do nosso presidente nacional. Diariamente, o presidente antes de se posicionar consulta os demais presidentes. Não só o apóio como compartilho da postura e da gestão de Marcos Vinícius”, complementou Thiago Bomfim. Ele diz entender quem “quem pensa o contrário” e repete: “mas não se trata de omissão, mas sim de discrição”

Thiago Bomfim também comentou a antiga proposta de reforma política defendida pela OAB, que chegou a ser criticada por advogados eleitorais e classificada como “bolivariana”.  “Na verdade a proposta foi polêmica e eu não concordava com a versão inicial, assim como vários conselheiros e advogados. Ela passou por discussão inicial e o presidente encampou aquilo que naquele momento era a ideia da maioria apesar das discordâncias internas. Posteriormente, por provocação do Conselho Federal e do colégio de presidente, foi entendido que o tema era tão relevante que não podia ser fruto de uma mera maioria, mas de algo que se assemelhasse a uma unanimidade. Daí ouvimos propostas”.

Para uma dos jornalistas que chegaram a afirmar que Marcos Vinícius tinha interesse em ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, o próprio Marcos Vinícius respondeu afirmando que “rechaça a informação” e que jamais teria tratado com o governo sobre qualquer vaga de ministro. 

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