De acordo com os “corredores” do Congresso Nacional, a estratégia do senador alagoano Renan Calheiros (PMDB) de se manter no comando do Senado Federal vem dando certo e precisa ser mantida nesta reta final para evitar oposição.
Mesmo que a oposição seja pequena e sem força, incomodará se ela for barulhenta e relembrar antigas manchetes de jornais.
Renan Calheiros quer evitar o desgaste que teve com a “mídia nacional” quando se elegeu presidente do Senado pela segunda vez. Se tudo se encaminhar dentro do planejado – e tudo indica que vai ser assim! – Calheiros chegará ao comando da Casa pela terceira vez sem sequer enfrentar qualquer tipo de oposição.
Houve ensaios. Um deles capitaneado pelo senador e ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB/MG), mas sem muito êxito. Em 2013, Calheiros enfrentou protestos populares e uma oposição minúscula no Congresso Nacional, mas que sabia “pisar nos calos” do peemedebista. Por isto, desta vez, Renan Calheiros – em entrevista à imprensa – chegou até a negar que era candidato à presidência do Senado.
Por enquanto, não confirma. Todavia, conforme os bastidores de Brasília (DF), deve assumir a posição no domingo, dia 1º, como sendo uma indicação do PMDB. Calheiros estaria indo para uma missão, mesmo tendo articulado este caminho longe dos holofotes da imprensa. Em reportagem do Correio Braziliense é destacado o “silêncio” do alagoano.
A matéria jornalística ainda diz que Renan Calheiros teria revelado a aliados que gostaria de voltar ao comando da Casa. Seria o coroar de uma estratégia de Calheiros de recompor a sua imagem em virtude das denúncias das quais foi alvo em 2007.
Agora, evitar os holofotes é de fundamental importância. Segundo bastidores políticos, o peemedebista só sofrerá algum abalo caso surjam informações novas. Nem o pedido de cassação feito pelo Ministério Público Federal (MPF) em função do uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) incomodou.
O olhar é atento ao que possa surgir da Operação Lava-jato que vem colocando uma série de políticos em situação complicada junto à opinião pública.
O senador alagoano – no atual quadro – tem o franco favoritismo. Conta com mais de 60 senadores dos 81 que estarão presentes para votar no pleito. Diferente do que o PMDB enfrenta na Câmara de Deputados, no Senado Federal a avenida para a eleição é larga, aberta e sem trânsito na contramão.
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