O prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus (PMDB), não aceitou ser “vice” em uma chapa liderada pelo prefeito de Jequiá da Praia, Marcelo Beltrão (PTB), na disputa pela presidência da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).
Até o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB) – como confirma o próprio Cristiano Matheus – tentou costurar uma aliança entre ele e Marcelo Beltrão, mas estão esgotadas todas as possibilidades, segundo o peemedebista.
Cristiano Matheus disse que há um grupo definido em torno de sua candidatura e falta apenas discutir os cargos da chapa. “Temos até o sábado, dia 24, para definir os cargos da chapa e vamos esperar até o último momento para apresentá-la, mas o grupo existe”, frisou. O grupo de Cristiano Matheus conta com prefeitos como Tonhinho Lins (PSB/Rio Largo) e Gustavo Feijó (PDT/Boca da Mata).
“Temos outro projeto. A AMA hoje é de um grupo fechado de prefeitos e isto tem causado muita insatisfação em alguns administradores municipais. Queremos resgatar a AMA principalmente no apoio às pequenas prefeituras, que foi alvo que foi feito na gestão do atual vice-governador Luciano Barbosa (PMDB), quando ele foi prefeito de Arapiraca. A gestão do Luciano Barbosa é o nosso modelo”, destacou Cristiano Matheus.
O prefeito de Marechal Deodoro colocou ainda que foi o PMDB que fez a última grande administração da AMA e que era importante ter o partido novamente do comando da instituição. Cristiano Matheus diz que – nas eleições passadas – seria candidato, mas retirou a candidatura em função de apoiar Marcelo Beltrão.
“Fiz isto naquela época e sequer quis fazer parte da chapa”, salientou. “Eu só pedi o reconhecimento lá na frente e não veio. Quando conversei com Marcelo Beltrão na busca por uma composição agora eu propus a ele um revezamento, como ele fez com o Dantas. Nesta gestão ele ficou um ano e o Dantas ficou o outro. Poderíamos fazer o mesmo para a próxima gestão, mas o Marcelo Beltrão não aceitou a proposta”, explicou.
Cristiano Matheus foi enfático nas críticas: “sinto que há um grupo de prefeitos que não acredita mais na AMA do jeito que está. Queremos um projeto diferente de mais apoio aos prefeitos, sobretudo os que estão com municípios menores e com mais dificuldades. Atualmente, o que temos é um grupo fechado”.
De acordo com o peemedebista, portanto, estão esgotadas as possibilidades de composição. Mas, vale lembrar que em política até boi pode voar e as eleições ocorrem apenas no dia 26. Até sábado, dia 24, data limite para os registros das chapas, muita água pode passar por baixo da ponte.
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