Em agosto de 2013, a jornalista Vanessa Alencar – juntamente com a equipe do CadaMinuto – analisou os dados financeiros da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. Na época, Vanessa Alencar teve acesso aos números das movimentações bancárias da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas referente aos anos de 2011, 2012 e 2013.
A repórter e a equipe de reportagem que trabalhou no caso perceberam os repasses numerosos feitos a alguns cargos comissionados do parlamento estadual. O CadaMinuto divulgou o que mais tarde foi titulado como sendo a “lista de ouro” do parlamento estadual. Pois bem, eis que os nomes apontados pelo Ministério Público Estadual em nova ação proposta contra a Assembleia Legislativa, já apareciam nas antigas listas.
No dia 5 de agosto de 2013, o CadaMinuto publicava que Nelson Lopes Pinto Filho recebeu 52 repasses do parlamento estadual e Tulio Albuquerque Pinto recebeu 53 repasses. Os valores – quando somados – batem com o que é apontado pelo Ministério Público Estadual. Além destes nomes, há outros que integram a “lista de ouro” do parlamento estadual.
Na época, o ex-presidente do Legislativo, Fernando Toledo (PSDB) chegou a apresentar duas versões para os repasses: a primeira que teria sido um erro da Caixa Econômica Federal (CEF). A segunda que os repasses não consistia apenas salários, mas diárias e gratificações. Em todo caso, respostas que não convenceram o MPE, que agora aponta as irregularidades por meio de mais uma ação encaminhada à Justiça.
Novas ações – conforme informações de bastidores – devem ser propostas pelo Ministério Público. No dia de ontem, 19, a força tarefa de promotores que investigam a Assembleia Legislativa já havia entrado com ação por retenção dos valores do Imposto de Renda dos servidores. Por sinal, uma irregularidade que já havia sido detectada pela Polícia Federal, em 2007, quando deflagrou a Operação Taturana.
A Taturana apontou um desvio de mais de R$ 300 milhões do parlamento estadual. Na época, 16 deputados foram indiciados. Agora, ainda não foi divulgado um “montante final” sobre o dinheiro que pode ter sido alvo de malversação dos recursos públicos. Os promotores suspeitam que os supersalários e os repasses a mais nas contas de comissionados era uma forma do dinheiro chegar ao parlamentar.
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