O atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, Antônio Albuquerque (PRTB) – que já presidiu o parlamento estadual outras vezes, sendo a mais recente (anterior a este curto mandato) em 2007 – tem se sentido “injustiçado” quando a imprensa coloca que a Casa de Tavares Bastos vivencia o “caos administrativo-financeiro”, que resulta no sofrimento dos servidores efetivos, há duas décadas.

Albuquerque, em conversa com um jornalista, fez questão de frisar que durante os mandatos em que esteve no comando do Poder Legislativo os salários sempre foram pagos em dia. De acordo com o atual presidente, os “dezembros negros” – sem salários e 13º - são novidades da gestão passada: do tucano e ex-deputado estadual Fernando Toledo (PSDB).

“Sempre paguei em dia”, afirmou Albuquerque. O parlamentar do PRTB apregoa que suas gestões sempre foram marcadas pelo respeito ao servidor da Casa. “Deixei a presidência da Assembleia, em 2007, honrando todos os compromissos e ainda com R$ 7 milhões em caixa”. Em outras palavras, o presidente do Legislativo afirma que nunca repassou a “herança maldita” que agora recebeu.

O parlamento acumula um débito com o servidor de R$ 16 milhões. E não há perspectivas de quando as coisas se resolvam. No próximo dia 20 de janeiro, o parlamento deve receber o duodécimo. Todavia, o “cobertor curto” não será suficiente para sanar os débitos deixados por Toledo e as obrigações trabalhistas de janeiro de 2015. Sendo assim, Albuquerque já adianta que só fará pagamentos com o entendimento e consenso dos colegas.

O parlamentar prometeu detalhar a situação em uma coletiva de imprensa, mas a data ainda não foi marcada. Em conversa recente com a imprensa, Albuquerque disse estar surpreso com a situação, pois – segundo ele – administrou a Casa com um valor de duodécimo bem menor, pagava tudo e ainda sobrava.

Vale ressaltar: da última vez que presidiu a Assembleia Legislativa, Antônio Albuquerque, foi um dos alvos – juntamente com outros 15 deputados estaduais – de uma operação da Polícia Federal que afirma ter detectado um desvio de mais de R$ 300 milhões no parlamento estadual. O parlamentar sempre se defendeu em entrevistas e alegou inocência quanto às acusações.

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