Em entrevista ao programa Jornal do Povo, na Rádio Jornal AM 710, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, foi enfático em relação ao processo eleitoral dos advogados que se dará no final deste ano: “Eu não sou candidato à reeleição da OAB/AL”.
Bomfim admitiu a possibilidade de concorrer – dentro de uma chapa montada com nomes que formam seu grupo político hoje – a outros cargos, como conselheiro federal, por exemplo. “Ou não concorrer a qualquer cargo caso o grupo entenda que eu possa ajudar mais como sendo simplesmente um eleitor”, frisou.
A campanha eleitoral passada da OAB - que encerrou com a vitória de Bomfim – foi marcada por denúncias, trocas de farpas entre advogados e, por fim, com a suspeita de pagamento de anuidades em troca de votos. Uma campanha intensa que chamou a atenção de toda a imprensa. Pelas informações que circularam nos bastidores, bem como pelos custos.
Este ano, as eleições da Ordem dos Advogados (ao menos em Alagoas) já começam a ser antecipadas nos bastidores da advocacia. Fora do grupo de Thiago Bomfim já são apontados nomes como os de Cláudia Amaral e Marcelo Brabo, que concorreriam pela oposição. Ambos foram candidatos na eleição passada.
“A postura de não ser candidato é de muito tempo. Tenho evitado discussões públicas e privadas sobre este tema, pois entendo que estamos iniciando agora o último terço da gestão. A antecipação do debate eleitoral pode prejudicar o funcionamento normal da própria gestão”, frisou Bomfim.
Ao falar do processo eleitoral que se aproxima, Tiago Bomfim diz que – em função dos acontecimentos da eleição passada – nunca mais a disputa pela presidência da OAB/AL será a mesma. “A eleição passada foi um divisor de águas. Até por conta da importância da classe para a sociedade e da grande movimentação em redes sociais e por diversos meios que não existiam há alguns anos atrás. Isto proporcionou uma maior interação entre candidato e eleitor e entre eleitores”.
Bomfim destacou que tamanha visibilidade que a eleição tem não é um mal em si. “Acho que é uma forma dialogar melhor com o eleitorado, além de o eleitor buscar um conhecimento mais completo do candidato. Agora, com relação às condutas e posturas que venham a ser adotada, a gente espera que a campanha tenha o nível que nossa classe e sociedade merece”.
O presidente ainda falou sobre o alto custo das campanhas. “Veja, isso depende muito daquilo que cada candidato ou grupo entenda que é necessário para convencer o eleitor. Nossa classe é extremamente numerosa e é preciso que o candidato vá até o seu público. Inclusive, no interior. Em Alagoas são seis subsecções, mas Minas Gerais são 222. Existe um custo para realizar a campanha. Há uns que são necessários e outros supérfluos. É possível aprender isto ao longo do tempo”.
Thiago Bomfim também falou sobre as posturas da OAB local e nacional em relação a escândalos recentes envolvendo agentes públicos e casos de corrupção. Falarei sobre o assunto em outra postagem na quinta-feira, dia 15.
Estou no twitter: @lulavilar