Em entrevista à Rádio Jornal AM 710, a vereadora por Maceió, Heloísa Helena (PSOL) falou sobre a possibilidade da existência de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Maceió. “Eu não tenho dúvidas de que existam pessoas que não trabalham”, ressaltou a psolista. Durante a entrevista, a vereadora também comentou a questão dos edis que acumularam muitas faltas em 2014.

De acordo com a Mesa Diretora da Câmara, os vereadores faltosos terão que devolver R$ 135 mil aos cofres públicos, mas de forma parcelada. “É para devolver. Melhor seria se devolvesse todo de uma única vez. Eu tive apenas duas faltas e eu mesmo mandei descontar, pois faltei às sessões por compromisso de campanha, na época, e não seria justo que não fosse descontado, pois eu não estava a serviço da Câmara”.

Heloísa Helena disse ainda acreditar que no caso de algumas faltas de fato houve problemas de registros na ata. “Erros acontecem. Às vezes um vereador faz uma cirurgia – como foi um dos casos – e justifica a ausência de uma sessão, mas não leva o atestado médico para as demais em que está em recuperação. Isto acaba sendo contabilizado como falta. Um vereador avisa ao colega para justificar e este esquece. Enfim. Erros existem. Agora, não é o suficiente para justificar a “preguicite” que também há”.

Ao falar do imenso número de servidores da Casa, que não caberiam no prédio-sede caso todos fosse comparecer ao local, Heloísa Helena sugeriu ainda que a nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Maceió – que é presidida pelo vereador Kelamann Vieira (PMDB) – realizasse uma auditoria na folha de pagamento. “Não é preciso muito, basta que seja feita uma auditoria na atual folha para que se constate se há quem trabalha ou não”, frisou.  

A maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Maceió – que briga por um orçamento de R$ 55 milhões para o exercício financeiro deste ano – alega que o reajuste do repasse é necessário em função dos custos da Casa. Dentre estes, a folha salarial e os reajustes que foram concedidos nas últimas administrações.

Questionada sobre a possibilidade de instalação de um ponto eletrônico na Casa de Mário Guimarães, Heloísa Helena afirmou que uma medida desta só pode ser adotada se “for para todos”. “Se instalar um ponto tem que ser para todo mundo. Inclusive para os assessores dos vereadores e para o próprio vereador”, colocou ainda.

Heloísa Helena ainda se posicionou contrária ao aumento do duodécimo da Câmara. “Houve uma queda de receita no município. Isto é um fato. Está havendo cortes nas mais diversas pastas. Se há cortes em áreas como Saúde e Educação, tem que haver cortes também na Casa. Porque só para os bonitinhos da Câmara não reduz nada? Cada um tem que dar sua cota de sacrifício”.

A psolista lembrou que não usa as verbas indenizatórias. “Espero que o que eu não recebo esteja sendo devolvido para a Prefeitura. Eu só não dou diretamente para alguma entidade porque legalmente eu não posso, mas sempre devolvo para que seja investido em alguma área essencial do município”. 

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