As informações de bastidores são de que o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB) – e sua agremiação, vale frisar! – estaria insatisfeito com a “parcela” dada aos peemedebistas na montagem do governo federal.

Mais que isto: peemedebistas estariam ainda questionando o fato de que aliados com menor espaço no Congresso Nacional teriam ficado com “partes” valiosas do primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff (PT), como é o caso do PROS ter “abocanhado” o Ministério da Educação, com a indicação de Cid Gomes.

Como compensação, o PMDB de Renan Calheiros estaria querendo espaços como o Banco do Nordeste, Codevasf e Dnocs. Todavia, em nota encaminhada à imprensa, Renan Calheiros diz que todas as insinuações em relação às insatisfações na montagem do governo federal “são improcedentes”.

Calheiros diz mais: avisa que se encontra de férias e distante das negociações envolvendo a formação do governo. Conhecido por ser um exímio negociador político e um dos mais influentes do Congresso Nacional (sempre atento a todos os passos da política brasileira), o presidente do Senado afirma que a tarefa da “montagem do governo” é “mais afeita aos dirigentes partidários e a presidente da República”, Dilma Rousseff (PT).

O presidente do Senado –portanto – nega o que se ventila pelos corredores do poder de Brasília. Calheiros reiterou ainda – em nota – que o governo federal, assim como o país, pode contar com o Congresso Nacional.

Em relação à composição da Mesa Diretora, o senador – mesmo tendo negado em recentes entrevistas à imprensa – é apontado como candidato à reeleição para o comando do Senado Federal. Porém, o peemedebista alagoano frisa que as negociações só serão iniciadas após a posse dos novos senadores e da reunião do PMDB.

Repito o que disse em postagem anterior: o PMDB sabe do peso político para a “governabilidade” que é buscada pelo PT para construir o que o partido de Dilma Rousseff chama de “hegemonia política”. Renan Calheiros é um aliado importante neste processo; inclusive, com a ajuda para colocar Vital do Rêgo no Tribunal de Contas da União, por exemplo.

Dentro do Senado, o PMDB tem 19 dos 81 senadores. Votos importantes para as matérias de interesse do Partido dos Trabalhadores. Isto – por si só – já diz muita coisa. Afinal, para um bom entendedor, saber do tamanho da bancada já basta...

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