O secretário da Fazenda do Estado de Alagoas, George Santoro, escolheu iniciar seus trabalhos na pasta pelo levantamento da situação da dívida pública da Terra dos Marechais.
Nesta segunda-feira, dia 05, conforme assessoria de imprensa, o titular da pasta viaja para Brasília, onde se reúne com equipe do ministério da Fazenda, já na gestão de Joaquim Levy.
George Santoro quer fazer um levantamento de toda a situação da dívida pública do Estado. Santoro – logo após a posse – já demonstrou preocupação com o fato do Estado ter estourado o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Este será um problema grave para o início do governo de Renan Filho (PMDB). O governador tem – em seu leque de promessas – a contratação da reserva técnica da Polícia Militar, concursos e uma série de investimentos que dependem da capacidade financeira e orçamentária do Estado.
Caberá a George Santoro a missão de lidar com as finanças e manter a capacidade do Estado para obras e investimentos. Missão árdua.
O secretário ressalta que, desde a sexta-feira, 03, tem se reunido com técnicos da Secretaria da Fazenda para um levantamento detalhado da situação financeira de Alagoas. Pelo visto, apenas com os dados do governo passado não foi possível conhecer com detalhes como se encontra a dívida pública.
Segundo o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), durante seus dois mandatos, o Estado de Alagoas pagou R$ 5 bilhões por conta da dívida. É o mesmo valor de recursos que chegaram ao Estado por meio de convênios e parcerias com o governo federal.
Há ainda uma situação de empréstimos contraídos pelo antigo governo que passam a contar para a dívida. Entretanto, Vilela frisou – antes de deixar a gestão – que estes não impactavam tanto em função da forma como foram contraídos, com juros baixíssimos e representando recursos para setores importantes e obras estruturantes.
George Santoro também demonstra uma preocupação que vem do governo anterior: o grau de comprometimento da receita do governo com a folha pessoal, dívida e empréstimos. O titular da pasta da Fazenda não descarta medidas que visem ajustes em função da Lei de Responsabilidade Fiscal para garantir arrecadação.
Há possibilidades de mais um “choque de gestão” ser adotado. Quase sempre, estes choques – apesar de necessários em função das finanças – estão acompanhados de medidas impopulares.
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