Caberá ao novo secretário da Fazenda do Estado de Alagoas, George Santoro, o desafio de lidar com os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e – ao mesmo tempo – garantir “terreno” financeiro e orçamentário para que as promessas de campanha do governador Renan Filho (PMDB) sejam realizadas.

Não é missão fácil, pois nesta se inclui o diálogo com categorias que buscam – e com direito – reajustes salariais em um Estado que estourou seu limite de gasto com pessoal. Além disto, tem pouca capacidade de investimentos.

Santoro é uma aposta de Renan Filho. Uma escolha de um nome com perfil técnico e com experiência: comandou a subsecretaria de Receita da Fazenda do Rio de Janeiro e é especializado em economia, administração pública, direito do trabalho e empresarial.

Como ressaltei, um dos desafios do atual governo é justamente o diálogo com os servidores e a realização de concursos. Afinal, a Lei de Responsabilidade Fiscal estourou o limite de gastos com a folha de pessoal. Na própria posse, Renan Filho já assistiu a um protesto pacífico e silencioso, mas presente!, da Reserva Técnica da Polícia Militar de Alagoas.

Foi uma promessa de campanha a nomeação de novos policiais, assim como a realização de concursos públicos em diversas áreas. Na Educação, por exemplo, há ausência de professores nos quadros. Chamo a atenção para este ponto, porque é nesta pasta que está a grande expectativa de se realizar – nas palavras do próprio governador – uma “revolução”.

Santoro sabe destas dificuldades, pois – como ressaltou durante a posse do governador Renan Filho – teve o primeiro contato com as contas públicas do Estado. O secretário da Fazenda colocou ainda que as ações já começam a ser pensadas a partir desta sexta-feira, dia 02, porque não há tempo a perder. Aguardemos.

O secretário frisou que é necessária austeridade para tocar – sem comprometer – as obras do governo do Estado de Alagoas na gestão peemedebista. Em relação ao limite estourado com gastos pessoais, Santoro explicou que será preciso abrir uma frente de diálogo com os servidores para explicar a situação do governo.

De certa forma, bem semelhante ao que ocorreu em 2007 quando o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) assumiu o Estado pela primeira vez e se deparou com os reajustes salariais dados pelo governo anterior. A questão envolvendo o funcionalismo é uma preocupação do governo para não enfrentar crises logo no início da gestão. Evitar confrontos e assumir uma postura de diálogo – portanto – é uma tarefa para George Santoro, como o “homem do cofre” do governo do PMDB.

Mas, Santoro se mostrou otimista e fala de buscar experiências de êxito em outras administrações estaduais. O novo secretário disse que sua gestão será de “prudência”, respeitando os limites da LRF, mas sem comprometer obras e ações do governo de Renan Filho. 

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