Contrariando o que apontam os bastidores políticos, o chefe do Gabinete Civil do governo de Alagoas, Fábio Fárias, afirmou – durante a transmissão de cargo, nesta sexta-feira, dia 02 – que o Palácio República dos Palmares não deve interferir no processo de escolha da futura Mesa Diretora da Casa de Tavares Bastos.
O atual presidente do Legislativo, o deputado estadual Fernando Toledo (PSDB), deve deixar o cargo apenas em janeiro, quando assume a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas. Este mês – portanto – já será marcado pelas negociações para a composição da Mesa com a qual o governador Renan Filho (PMDB) vai dialogar pelo menos nos próximos dois anos.
A versão oficial aponta que o parlamento estadual deve respeitar os critérios da proporcionalidade, também utilizados para definir as comissões da Casa. Dentre elas, as mais importantes: Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão de Orçamento e Finanças.
Entretanto, para não ser “surpreendido” nas matérias de interesse do Executivo para tocar o plano de governo, é natural que o Palácio República dos Palmares se envolva no processo. Se vai ocorrer desta vez ou não prevalecendo a versão oficial ou a de bastidores é algo que a história se encarregará de mostrar...
O governador Renan Filho (PMDB) – conforme estes mesmos bastidores políticos – deve atuar tanto na composição da bancada governista, que deve ser ampla inclusive com a presença de pelo menos três tucanos, quanto na eleição do futuro presidente.
Apenas um tucano deve permanecer com postura independente: o deputado estadual eleito Rodrigo Cunha (PSDB). Os outros voam para o ninho peemedebista com natural tranqüilidade. Afinal, já haviam feito isto durante a campanha.
Quanto à presidência, os bastidores apontam um peemedebista para o cargo. São cotados os deputados estaduais Luiz Dantas, Ricardo Nezinho e Olavo Calheiros. Oficialmente – pelo discurso de Fábio Farias – o governo busca “vender” isenção e distanciamento para a opinião pública.
Farias afirma que o assunto da eleição interna do Legislativo é algo que pertence apenas aos deputados estaduais. “A relação do governo com a Assembleia será de harmonia, parceria, mas com independência. A eleição da Mesa Diretora é um assunto interno da Assembleia Legislativa. Qualquer interferência do Executivo não seria algo republicano”, salientou.
Em relação à formação de bancada, Fábio Farias disse que os diálogos se darão no mesmo sentido, respeitando a independência do Legislativo. Na próxima semana – como já dito neste blog – o chefe do Gabinete Civil deve fazer uma visita aos deputados estaduais. Na pauta, os assuntos pendentes a serem votados – como a Lei Orçamentária Anual (LOA) – e a reforma administrativa a ser apresentada pelo novo governo.
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