Na vida nada se perde, nada morre, tudo se transforma. O espírito dessa época vem sendo utilizado pela classe política como reinvenção para sobrevivência diante da crise de proporções bíblicas que desaba sobre a cabeça dos caciques em Brasília.

Não bastasse a bomba que explode nas delações premiadas sobre contratos superfaturados na Petrobras, as empreiteiras teriam atuado nas obras de construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Portanto, o esquema engendrado ameaça desembarcar nas obras do setor elétrico. Os fatos estão vindo à tona através de novas delações premiadas.

E para se proteger da crise que tende a crescer, a presidente Dilma Rousseff (PT) jogou com maestria na escolha dos novos ministros. Ela montou uma couraça em torno do seu segundo mandato ao escolher nomes com densidade política, com projeção nacional.

São os casos dos três ex-governadores (Jacques Wagner, Cid Gomes e Eduardo Braga), do ex-prefeito de São Paulo (Gilberto Kassab) e parlamentares expressivos, como Eliseu Padilha e Edinho Araújo. Ou seja, até o momento as escolhas de Dilma levaram em conta a conjuntura, o mercado e as demandas econômicas.

Ficou claro que o PT perdeu poder, perdeu espaço. Porém está no comando ciente das adversidades atuais. O momento é de reinvenção e de entendimento da realidade.

Feliz Natal pra você!