As negociações seguem nos bastidores da disputa pela presidência do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL). De acordo com uma fonte, a conselheira Maria Cleide - que também disputava o comando do Palácio de Vidro da Avenida Fernandes Lima - retirou sua candidatura. Em função de um acordo, ela agora apoiará a candidatura do conselheiro Otávio Lessa.

Com isto, a situação - ao menos agora - fica mais difícil para o atual presidente Cícero Amélio, que concorre à reeleição. Por sinal, Amélio está inscrito para todos os cargos, conforme permite o regimento do Tribunal de Contas. A escolha por concorrer a qualquer cargo ao mesmo tempo é justamente por ter ciência das possibilidades de acordos e correlações de forças.

Otávio Lessa pode chegar à presidência com o apoio de Anselmo Brito (que concorre à direção da Escola de Contas) e é um desafeto de Cícero Amélio dentro do Tribunal, como visto nos últimos acontecimentos; com o apoio de Maria Cleide e ainda o voto de Luiz Eustáquio Gomes, que concorre ao cargo de corregedor, mas deixa o TCE/AL em 2015, devido a aposentadoria.

Um outro apoio que Otávio Lessa pode conquistar, isolando assim Cícero Amélio, é o da conselheira Rosa Albuquerque, irmã do deputado estadual Antônio Albuquerque (PRTB). Ainda segundo os bastidores, os acordos são fechados dentro e fora do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas. São muitos os olhares externos. 

Fontes colocam que Lessa procurou o prefeito de Canapi, Celso Luiz (PMDB) e o deputado estadual Olavo Calheiros (PMDB) para conquistar o apoio de Maria Cleide, que é esposa do prefeito. Otávio Lessa é irmão do ex-governador e deputado federal eleito Ronaldo Lessa (PDT), que também integra o bloco político dos Calheiros, sendo da base de apoio do futuro governador Renan Filho (PMDB), em Brasília (DF), na Câmara de Deputados. 

A candidatura de Otávio Lessa- portanto - ganha musculatura. Cícero Amélio - exímio negociador de bastidores - se encontra isolado e enfrenta diversos problemas na Casa, como as recentes denúncias feitas pelo Ministério Público de Contas e subscrita por conselheiros. 

Em relação às informações de bastidores, o deputado estadual Olavo Calheiros negou que tenha conversado sobre o assunto, ao ser indagado pelo CadaMinuto quanto à questão. Anselmo Brito também disse que só decidirá seu voto no próximo dia 15, quando ocorrem as eleições do Tribunal de Contas do Estado. Disse que analisa o que for melhor para o Tribunal e para a sociedade e espera contribuir na Escola de Contas.

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