O governador eleito Renan Filho (PMDB) construirá sua “base aliada” - dentro da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas - de forma extremamente fácil e sem atropelos. O assunto já foi destaque na coluna Labafero do CadaMinuto Press.

Dos governadores eleitos recentemente, Renan Filho talvez seja aquele que terá maior facilidade em lidar com a Casa de Tavares Bastos. Diante da correlação de forças com os deputados eleitos, pode ter do parlamento até uma certa “subserviência” aos projetos do Executivo estadual.

Tanto é assim que o PMDB se prepara - bem ao estilo enxadrista do senador Renan Calheiros (PMDB/AL) - para fazer “barba, cabelo e bigode” na esfera estadual. Elegeu governador e vice e pode, muito bem, fazer o próximo presidente da Casa de Tavares Bastos. 

Como já foi publicado neste espaço, entre os mais cotados para assumir a presidência da Casa de Tavares Bastos, estão dois peemedebistas: Olavo Calheiros e Ricardo Nezinho. O primeiro não antecipa o assunto. O segundo - em entrevista ao CadaMinuto - já negou a intenção em concorrer ao cargo. 

Está sobrando deputado estadual na base aliada de 2015. Diante disto, como chama atenção a coluna do CadaMinuto Press, os pedidos tendem a ficar bem mais modestos que na atual legislatura. 

Conforme as costuras em andamento, se tem tudo para que um peemedebista encerre a era Fernando Toledo no parlamento estadual.

Por sinal, a era tucana de Toledo na Casa de Tavares Bastos foi marcada por escândalos. Toledo chegou ao comando da Casa após uma operação da Polícia Federal - a Taturana - que derrubou o deputado estadual Antônio Albuquerque (PRTB) da presidência. 

Todavia, não se viu qualquer renovação nas práticas do Legislativo. Muito pelo contrário. A Era Toledo foi marcada pela “caixa-preta” revelada pelo deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade). 

Da “caixa-preta” da administração de Toledo nasceram as denúncias dos múltiplos repasses para os comissionados de luxo daquela Casa (a lista de ouro) apontando para uma suposta malversação de recursos públicos investigada pelo Ministério Público Estadual. 

Toledo tentou várias explicações para o ocorrido, nenhuma “colou” (como diz no popular).

Agora, enquanto o parlamento estadual constrói o comando da próxima Legislatura, com total facilidade de articulação para o governador eleito, Fernando Toledo parte para ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL).

Como se comportará a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas nos próximos quatro anos? Bem, diante do perfil dos eleitos e reeleitos não há motivos para se esperar grandes mudanças, muito menos maior transparência. Apenas um parlamento muito mais afinado com o projeto que o futuro Executivo apresente.

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