Atribuiu-se ao ex-presidente americano Ronald Reagan (1911-2004) a seguinte declaração: “eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira”.
Reagan fazia referência - no caso! - aos escambos que ocorrem no submundo da política. Estes que vem sendo revelado com a Operação Lava-jato a cada delação premiada que mostram os “prêmios” conquistados pelos partidos políticos, caciques, primeiro, segundo, terceiro escalão e até empreiteiros.
Hoje, mais uma notícia - do site Congresso em Foco - aponta para a profundidade da relação promíscua. O PP em peso - com exceção de dois de seus políticos, na versão do doleiro - estaria envolvido no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
A Petrobras parece te sido mesmo o grande “caixa” da maior “cafetinagem política” da história da República. A matéria do Congresso em Foco diz que o PP é o “protagonista do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras”.
Claro que neste enredo - de fazer inveja aos que se debruçam sobre a criação ficcional dos romances político-policiais - há mais protagonistas em cena, incluindo políticos do próprio Partido dos Trabalhadores (PT).
No entanto, o PP é citado de forma tão incisiva porque - conforme os depoimentos do doleiro Alberto Youssef - “só sobram dois” no partido - que integra a base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT) - que não estariam envolvidos no caso.
A revelação estampa as páginas do Estado de São Paulo. O PP - para quem não recorda - é o partido que manda e desmanda no Ministério das Cidades, responsável por obras importantes no atual governo federal.
Um outro detalhe - sempre bom lembrar! - da investigação: os desvios na estatal acontecem há pelo menos 15 anos. Uma cafetinagem debutante cujos mimos foram todos financiados com dinheiro público. Ora, privatizaram a Petrobras!
De acordo com a reportagem, o principal articulador do esquema era o ex-deputado José Janene, morto em 2010. O presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira - do Piauí - optou por não comentar o assunto.
Mas não deixemos o PP protagonista sozinho neste enredo que ultrapassa uma década de “camaradagens com o chapéu alheio”. A ideia articulada por Janene foi copiada e aperfeiçoada por PT e PMDB, coloca a reportagem de Estadão.
Tudo teria saído - conforme reportagem - das últimas declarações de Alberto Youssef, na semana passada. A pergunta agora é, diante da declaração do doleiro Alberto Youssef, quem são os dois pepistas que não teriam se envolvido com o esquema denunciado? Quem são as virgens do cabaré debutante?
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