O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), vai para o centro dos holofotes com o fim do processo eleitoral de 2014. É natural das arrumações políticas. O ano de 2015 – por exemplo – será decisivo administrativa e politicamente.
Do ponto administrativo, a Prefeitura de Maceió terá que mostrar mais resultados e firmar uma marca na gestão, coisa que o prefeito vem tendo dificuldades. São muitas as reclamações recebidas na administração municipal envolvendo diversas áreas.
Foi esta insatisfação com resultados – segundo informações de bastidores – que acarretou nas primeiras mudanças que o prefeito fez no primeiro escalão e que apontam para uma reforma administrativa e de filosofia de trabalho. Rui Palmeira – infelizmente – ainda mantém o silêncio sobre o assunto.
Rui não se pronunciou por assessoria de imprensa. Encontra-se viajando. Vai retornar à Maceió tendo que responder a uma lista de perguntas, inclusive sobre as dificuldades financeiras, orçamentárias e administrativas da gestão. A atual determinação de cortes de comissionados é reflexo disto.
Há ainda críticas em relação à gestão da Infraestrutura, Educação e Saúde. Por sinal, esta última área sofreu na sessão de prestação de contas promovidas pelo Legislativo municipal. Um dos vereadores – Silvânio Barbosa (PSB) – fala até em abertura de Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar irregularidades na pasta da Saúde.
Não deve ter forças, devido ao tamanho da bancada do prefeito na Casa de Mário Guimarães. Barbosa fala também em ir ao Ministério Público Federal (MPF) contra o prefeito. A crítica do edil cai em descrédito – muitas vezes – pelos elogios que já vez ao chefe do Executivo municipal no passado, mas o que não vai faltar a Rui Palmeira, no próximo ano, serão críticos e opositores.
Como em todo processo, algumas críticas terão substância e razão de ser. As próprias movimentações do Executivo mostra que a gestão tem falhas e dificuldades de atingir determinados resultados. Outras farão parte de um clima pré-eleitoral. Alguns nomes de candidatos à Prefeitura de Maceió – infelizmente! – já surgem nos bastidores: Ronaldo Lessa (PDT) e Cícero Almeida (PRTB), ambos eleitos deputados federais.
O “infelizmente” é por ainda ser cedo. Mas há projetos políticos que começam antecipadamente mesmo. Rui Palmeira começa a reagir em busca de melhores resultados. Todavia, ainda bem ao estilo tucano. Silencioso e sem muitas explicações detalhadas. Uma fonte próxima ao prefeito foi enfático quando indaguei sobre o motivo das atuais mudanças de pastas: “acho que o Rui cansou”.
De acordo com a fonte, foram muitas reclamações recebidas nos últimos meses: a voz das ruas e de alguns servidores, haja vista a atual crise enfrentada com algumas categorias. Além disto, há quem fale – dentro da própria administração municipal – de equívocos no planejamento financeiro. Por isto, uma preocupação grande com a pasta para a qual foi encaminhado Gustavo Novaes, que assume no lugar de Renata Fonseca.
Para o lugar de Raphael Wong – Meio Ambiente – ainda não foi indicado ninguém. Porém, a saída foi em comum acordo com o deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade). Resultados por lá também influíram na decisão, conforme fontes. A atividade meio da Prefeitura Municipal de Maceió precisa ser reformulada para que a gestão seja sentida nas ruas. Não bastará ao prefeito uma “faixa azul” ou uma “onda verde” na Avenida Fernandes Lima.
Caso contrário, o ano de 2015 – este sim! – será um tsunami que passará rápido e deixará sequelas. Rui Palmeira precisará de um ajuste de foco, planejamento administrativo e financeiro. O prefeito ainda tem agregado a sua imagem a atuação que fez na Assembleia Legislativa e na Câmara de Deputados. Mas, aqui é da administração municipal que se fala e do projeto que se quer construir para a cidade de Maceió.
Rui Palmeira precisa ser mais enfático e se posicionar rapidamente sobre o que vem ocorrendo na Prefeitura. O silêncio dos últimos dias criou uma série de informações e contrainformações de bastidores em meio as mudanças de secretários que tem sim – as fontes são muitas! – como motivação a insatisfação do chefe do Executivo com os resultados. Mais mudanças virão.
Estou no twitter: @lulavilar