Os rumos do PROS para 2015 estão sendo discutidos dentro da legenda, sobretudo depois que Cid Gomes se ofereceu para ser o Dom Quixote da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e iniciar uma cruzada de coalisão na criação de uma frente que resulte – quem sabe até, em um partido! – em mais apoio para os projetos do Partido dos Trabalhadores.
O recém-criado PROS já falar em fusão é mostra do quão sólidas são as convicções ideológicas e as razões da existência de tantas legendas no país. Isto mostra porque, no âmbito estadual e municipal, muitas delas se tornam apenas “agremiações de aluguel” para conquistar tempos de televisão e aparelhamento da máquina pública.
Cid Gomes deu várias entrevistas sobre a criação da frente de esquerda dentro do Congresso Nacional. Eis um trecho da fala do quixote governista: “frente ou um partido de esquerda ajuda na governabilidade e reduz, aí, o espaço, da pressão que muitas vezes beira à chantagem”.
Quem falou sobre o assunto – conforme entrevista concedida ao Política Real – foi o deputado federal alagoano Givaldo Carimbão. Líder do PROS na Câmara Federal, Carimbão diz que o partido não é favorável a fusão. Ele e o presidente Eurípedes Júnior – na visão do deputado federal – são favoráveis a formar frentes e blocos, mas afastam qualquer possibilidade de envolvimento na criação de uma nova legenda.
Em entrevista ao Política Real, Carimbão coloca: “o Presidente Eurípedes recebeu o governador Cid (do Ceará). Nós aceitamos formar uma frente mas afastamos a possibilidade de fusão”. O PROS quer se posicionar como peça importante no segundo mandato de Dilma Rousseff. Busca – evidentemente – ocupar espaços dentro do governo federal.
Pela última década de nossa República é possível presumir que nenhum cavaleiro veste o elmo e a lança de forma gratuita e sai atrás dos seus moinhos de vento.
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