As movimentações em Brasília – visando o comando das casas legislativas – avançam. O início de mandato, pelo que se percebe, não será fácil para a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT).
Com projetos que dependem muito do Legislativo para serem implantados, Dilma Rousseff ganhou a eleição falando em busca por unidade e diálogo. Mais recentemente o partido usou a palavra “hegemonia”.
Todavia, o Congresso Nacional parece estar com as barbas de molho para não perder espaço nem prerrogativas. Um dos testes de fogo é a reforma política, que deve sim ser colocada como agenda prioritária.
Até lá, uma discussão entra em cena, o comando das casas legislativas: Câmara de Deputados e Senado Federal. Ambas devem ficar nas mãos do PMDB. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL) disse – em entrevista – não ter interesse pela reeleição, mas colocou que o partido vai em busca de presidir o Congresso.
Na Câmara de Deputados não é diferente. Líderes partidários já articulam a formação dos blocos parlamentares visando disputar a presidência e outros cargos da Mesa Diretora, bem como as comissões técnicas da Casa em fevereiro de 2015.
PMDB e Solidariedade – conforme informações do site Congresso em Foco – firmaram um acordo para construção de um bloco parlamentar. O candidato à presidência, neste caso, seria o peemedebista Eduardo Cunha, do Rio de Janeiro.
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade) já deu aliança como praticamente fechada. A expectativa é que o bloco também agregue outras siglas e chegue a ter 160 deputados federais. Cunha tem se empenhado pessoalmente na construção desta sustentação em Brasília.
Por estas construções, passa também as facilidades – ou dificuldades, no caso! – para o “diálogo” que o PT quer construir com o Legislativo. Desde que foi reeleita, Dilma Rousseff já teve derrotas importantes, como a questão do projeto dos “conselhos populares”. O PMDB tem sido o fiel da balança em muitos casos, por isto a relação sempre foi tensa, apesar de ser o partido do vice-presidente.
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