Contrariando o que circulava nos bastidores da imprensa, o atual presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB) disse - na tarde de hoje, dia 28 - que não vai concorrer à presidência daquela Casa pelo segundo mandato consecutivo.
Calheiros era tido como o nome favorito até pela posição que o PMDB alcançou ao final do pleito e devido - evidentemente - ao seu poder de articulação dentro da Casa. O senador alagoano não entra na disputa, mas a vaga será de um peemedebista pela "correlação de forças".
O partido - por sinal - briga para fazer as duas presidências: Senado Federal e Câmara de Deputados. "Eu, sinceramente, não sou candidato", enfatizou Calheiros. Renan é uma das principais lideranças políticas do Nordeste. Enxadrista, o presidente do Senado conseguiu eleger o filho - o deputado federal Renan Filho (PMDB) - governador do Estado de Alagoas e segue um dos importantes "aliados" do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Renan Calheiros terá extrema importância nesta reta final de governo petista, ajudando no calendário de ações do Legislativo. Sobre a presidência, Calheiros disse que já disputou "três vezes" e que "está concluindo esta obra". Sobre qual nome o PMDB deve indicar, o senador alagoano diz que a decisão fica para janeiro e desconversou. "Será escolhido por bancada" resumiu.
O PMDB tem 19 dos 81 senadores. A eleição para o Senado ocorre na segunda sessão legislativa de 2015, que é prevista para o dia 3 de fevereiro. O mandato é de dois anos. Ou seja: o próximo presidente comandará até 2016 dentro de uma conjuntura que prevê que ocorra em fim a reforma política tão esperada. Calheiros deixará o comanda da Casa defendendo que esta seja feita por referendo - como comentei na manhã de hoje - divergindo da presidente Dilma, que quer um plebiscito.
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