Diante do péssimo humor do mercado, o governo federal se repara para dar a resposta e - conforme matéria publicada no Estadão - atender às necessidades de recomposição de caixa da Petrobras.

É do tipo assim: é preciso de uma ação imediata, então o governo federal dá uma de coronel Justino: "Gasolina, se prepare porque vou lhe usar!". Afinal, precisa de resposta! E assim se tenta acalmar os ânimos do mercado.

De acordo com a matéria da Agência Estado, o anuncio do reajuste dos preços de combustíveis deve ocorrer em breve, ainda que menor do que o deseja a presidente da estatal Graça Foster.  Não há decisão oficial no Palácio do Planalto, mas é tema de pauta da próxima reunião do conselho da Petrobras, no dia 31.

O ministro Guido Mantega afirma que os aumentos ocorrerão ainda em 2014. A lógica de um aumento por ano.

Diante do que foi a campanha, a Petrobras deve ser um dos assuntos "quentes" do próximo governo de Dilma Rousseff. O senador Aluysio Nunes (PSDB) - que foi candidato a vice-presidente na chapa liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB) - já mandou avisar que não há "lua de mel" com o próximo governo.

Se o espírito da oposição realmente for este, não será fácil para Rousseff.

Além da questão política, dois dias depois do resultado das urnas, a preocupação tem sido o mercado. No caso da Petrobras, as ações preferenciais caíram 12,33% e as ordinárias 11,34%.

O governo federal terá que trabalhar a retomada da confiança dos empresários pensando já no ano de 2015. Que o governo federal consiga dar respostas ao mercado sem sacrificar o consumidor diante do que se discute sobre recessão e os últimos acontecimentos. 

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