Manifesto dos prefeitos
Ao que parece, a crise nos municípios alagoanos está tão grande, que mais de 70% dos prefeitos; certamente sem dinheiro, deixaram de comparecer ao manifesto nesta segunda-feira, em Maceió promovido pela AMA. Tinham somente 30 prefeitos. O presidente da entidade, Jorge Dantas esclareceu, que o evento teve como principal finalidade, reunir todos os gestores, a fim de que os munícipes possam ser informados por meio dos órgãos de comunicação de que a crise é geral. Ainda como parte do movimento, todas as prefeituras, também trancaram suas portas. Tudo por conta de sucessivas reduções do repasse do FPM nesses últimos anos.
Viçosa
No manifesto desta segunda-feira na AMA, Flauber Filho prefeito de Viçosa foi o único a tomar a iniciativa de detonar contra a política econômica do PT. Criticou a ausência de 70% dos prefeitos no evento; e num tom de desabafo chegou a dizer que a melhor maneira agora, é torcer por uma derrota da presidenta Dilma domingo quando tenta a sua reeleição. “O País está quebrado, sobretudo por conta de uma presidenta que perdeu os rumos de seu governo; então porque arriscar mais quatro anos numa mulher que pouco mostrou sentimento pelos municípios do Brasil?”, indagou revoltado.
Quebrangulo
Prefeito Manoel Tenório disse que teve que exonerar recentemente 64 cargos envolvendo comissionados e contratados, a fim de suportar a crise que o município vem enfrentando com a queda do FPM. A medida segundo ele resultou numa sobra de caixa de pouco mais de 50 mil reais por mês. “Paramos também algumas obras que estavam sendo executadas com recursos próprios”, disse. Ressaltou que Quebrangulo tinha em média, uma receita do FPM de aproximadamente 550 mil reais, mas que agora despencou para 400 mil.
Quebrangulo – rival
Ainda sobre a crise que enfrentam os municípios, Manoel Tenório denunciou ontem, durante encontro dos prefeitos na sede da AMA, uma atitude tomada pelo ex-prefeito de Quebrangulo, Marcelo Lima. “Ele teve a ousadia de ir para a emissora de rádio da cidade, afirmar que não estava havendo crise de repasse de dinheiro nas prefeituras; mas sim, crise de administração pública” narrou revoltadíssimo Tenório.
Barra de Santo Antônio
Para assegurar pagamento em dia a funcionários e a fornecedores, além do andamento de algumas obras, o prefeito Rogério Farias disse que teve que tomar a drástica medida, de exonerar 130 cargos, entre comissionados e contratados. A iniciativa, segundo ele, deixará aproximadamente 200 mil em caixa. “Só para assegurar médicos de plantão, estamos desembolsando uma média de 50 mil por mês”, disse.
Teotônio Vilela
Por conta de boas intenções é que o então prefeito de Teotônio Vilela, Joãozinho Pereira, que hoje é deputado estadual, terá que devolver R$ 30 mil aos cofres públicos, além de ter direitos políticos suspensos pelo prazo de três anos. A bronca é porque quando prefeito sentiu-se numa estrema necessidade de contratar, 165 pessoas para a função de professor sem a devida realização de concurso público; e o pior: mantendo-os com recursos do Fundef.