Em entrevista coletiva à imprensa, o senador Benedito de Lira (PP) afirmou que parte para a oposição em relação ao futuro governo do deputado federal Renan Filho (PMDB), que se sagrou vitorioso na disputa pelo Executivo estadual. No dia de ontem, 06, falei sobre o assunto.

Benedito de Lira cravou que será uma “oposição propositiva” e que não tem o interesse de compor com a estrutura que o PMDB vai montar para governar o Estado de Alagoas.

Indaguei a Lira se esta seria uma posição pessoal do senador pepista – que foi o segundo colocado na disputa pelo governo do Estado – ou se ele se dedicaria a construção de um bloco com aqueles que estiveram ao seu lado na campanha.

Benedito de Lira diz que vai trabalhar para manter o bloco unido. Conseguir é outra história diante do início de um novo governo, principalmente pelo histórico da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, onde sempre o governador eleito conseguiu construir – com exceções – sua maioria de forma fácil.

A coligação de Lira elegeu seis deputados estaduais e três federais. Destes, apenas um já se sabe que segue o senador pepista na posição de opositor: o deputado federal Arthur Lira. Mesmo assim, ao longo de um governo, há muita água para passar por baixo da ponte.

Renan Filho (PMDB) deve construir alianças de forma fácil para compor a base de sua governabilidade. Já chega ao governo do Estado com esta base ampla. O grupo elegeu diversos estaduais e no Congresso Nacional já conta com os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor de Mello (PTB).

Além destes, os deputados federais Givaldo Carimbão (PROS), Marx Beltrão (PMDB), Ronaldo Lessa (PDT), Cícero Almeida (PRTB) – apesar deste ter sido eleito por outra coligação – e Paulão (PT). Não deve ter dificuldades de ampliar no Congresso e na ALE/AL.

O novo governador pode até ter facilidade de costurar sua preferência no comando da Casa de Tavares Bastos ao ser montada a futura Mesa Diretora. Podem anotar aí. 

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