O candidato ao Senado Federal, Omar Coêlho (Democratas) não conseguiu consolidar a terceira via que tanto queria, apostando que sairia eleito do pleito devido as rejeições altas dos outros dois candidatos: o senador reeleito Fernando Collor de Mello (PTB) e a vereadora Heloísa Helena (PSOL).

Ainda assim, Coêlho – que sempre pontou nas pesquisas numa faixa entre 2% e 5% - tem o que comemorar caso queira investir em uma carreira política. Omar Coêlho deixa o pleito como uma liderança do Democratas que conquistou uma fatia considerável dos eleitores: pouco mais de 11%. Em votos, isto corresponde a aproximadamente 137 mil eleitores.

Um número que pode levar Omar Coêlho a pensar em 2016 diante da remontagem que deve existir no Democratas após esta eleição caso o partido queira ganhar musculatura dentro e fora de Alagoas. Neste pleito, o Democratas amargou algumas derrotas, como a do deputado estadual Jefferson Morais.

O parlamentar era uma das apostas do partido. Se previa que ele seria um dos mais votados, mas Morais teve apenas pouco mais de 11 mil votos e ficou fora da Casa de Tavares Bastos. O vice-governador José Thomaz Nonô – principal nome do partido – não participou do pleito e se dedica a coordenação da candidatura do presidenciável Aécio Neves no Nordeste.

Sendo assim, há um vácuo na legenda para Omar Coêlho que pode surgir em uma disputa pela prefeitura municipal de Maceió, em 2016. É cedo para afirmar, mas é uma porta aberta no pleito diante do resultado. Por sinal, esta eleição não abre possibilidades futuras apenas para Omar Coêlho, mas também para outros candidatos.

Júlio Cezar

É o caso de Júlio Cezar (PSDB). Vereador por Palmeira dos Índios, o tucano foi para a “missão” determinada pelo governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB) e conquistou mais de 7% dos votos.

O resultado é importante para Julio Cezar, sobretudo porque foi o segundo mais votado em Palmeira dos Índios, habilitando-se para a disputa paroquial em 2016. Ele pretende ter o apoio do partido para disputar a administração municipal da cidade.

É natural em política que algumas eleições sirvam para que se tenha a construção do capital político de um candidato que se prepara para voos futuros. Omar Coêlho é só um aposta e uma análise em relação a um futuro ainda longínquo. No entanto, para Júlio Cezar disputar a prefeitura de Palmeira dos Índios já é uma realidade.