O candidato ao governo do Estado de Alagoas e deputado federal Renan Filho (PMDB) tem sido duro ao falar dos números da Educação, Segurança e Saúde do governo do Estado de Alagoas.

De fato, os indicadores são terríveis, como reconhece o próprio governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), apesar de afirmar que estão flexionando para melhor nos últimos anos.

No entanto, na visão do peemedebista – como tem sido falado em diversos debates e programas eleitorais – uma das razões dos péssimos índices se deve ao fato das pastas terem sido comandadas por indicações políticas que não deram certo. Que foram ineficazes.

No caso da segurança pública, por exemplo, Renan Filho diz que o “governador terceirizou a área”, indicando pessoas de fora e não chamando a responsabilidade para si mesmo. Vilela rebate: diz que buscou nomes de outras instituições – como a Polícia Federal e o Ministério Público – para que fosse dada total isenção nas políticas da Defesa Social, sem atender a pedidos de apadrinhados.

Em relação à Educação e à Saúde, as críticas possuem endereço certo: o ex-secretário de Saúde e deputado federal Alexandre Toledo (PSB), que hoje é vice na chapa do senador e candidato ao governo Benedito de Lira (PP). Quanto a pasta da Educação, Lira indicou os mais recentes secretários, diante da aliança política com Vilela que durou praticamente por toda a segunda gestão do governador tucano.

Um dos secretários deste período foi o advogado Adriano Soares. O ex-titular pasta, que já havia declarado voto ao candidato Renan Filho, voltou atrás por se sentir ofendido pela opinião do peemedebista. “o candidato do PMDB afirmou "que os resultados pífios da educação são frutos de indicações mal feitas". Desconheço a autoridade ou experiência que ele tenha sobre o tema, mas estou à disposição para debater com ele sobre a educação de Alagoas e a minha gestão à frente da pasta”.

Soares defende sua gestão: “tenho experiência em gestão pública e apliquei as melhores ferramentas de gestão por resultados, que levariam Alagoas a estar entre os 10 melhores colocados na avaliação do IDEB. Infelizmente, não se deu continuidade ao vigoroso trabalho que estava sendo implementado”. O ex-secretário ainda citou a reforma das escolas e do processo que sofreu.

Em suas colocações ainda lembra que o PMDB – na primeira gestão de Vilela – também indicou um secretário de Educação: Fábio Farias. “Sou amigo do Fábio, acompanhei as suas agruras quando eu era Secretário da Gestão Pública e tenho convicção da sua seriedade e competência”.

“O Governo não defende o seu legado. Eu defendo o meu. Tenho orgulho da minha passagem pela pasta, dos enfrentamentos duros por boas causas”, complementa ainda Soares, que vivenciou tempos turbulentos na gestão da Educação, inclusive com embates com sindicalistas. Soares ainda faz referência ao PCC implantado, ao rateio do Fundeb, dentre outras ações que ele julga importante durante o período em que lá esteve.

Educação, Saúde e Segurança tem sido os três principais pontos da campanha eleitoral deste ano, com todos concentrando fortes críticas ao atual governo, em função dos índices alarmantes. Até mesmo Benedito de Lira – que tinha ligação direta com a pasta – fez suas críticas. Tem cabido ao candidato tucano Julio Cézar defender o governo Vilela. Mesmo assumindo este discurso, o vereador por Palmeira dos Índios ainda não alcançou os dois dígitos nas pesquisas.

Vilela – por sua vez – diz que o governo se tornou a “Geni” (lá da música do Chico Buarque) no atual momento eleitoral. 

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