Conversei, na manhã de hoje, dia 24, com o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), sobre o resultado da pesquisa Ibope que avalia os chefes de Estado do país. Vilela – como repercutiu o CadaMinuto – está entre os sete governadores com “déficit de popularidade”.
Ao ser indagado sobre a pesquisa, o chefe do Executivo estadual disse que o resultado é um “paradoxo” diante das ações que o governo tem feito. “Eu sou o governador que mais fez realizações na história deste Estado. Digo isto sem arrogância. É só mensurar o que cada um fez”, colocou.
Então porque Vilela é tão mal avaliado? Bem, o governador creditou o resultado ruim ao seu principal rival político, o senador Fernando Collor de Mello (PTB). De acordo com tucano, Collor tem usado as Organizações Arnon de Mello para realizar uma campanha sistemática contra o governo e – diante disto – pautado até mesmo a Rede Globo, quando esta foca os péssimos índices do Estado.
É a visão de Vilela...
O governador do PSDB disse ainda que Collor o tem como um inimigo, mas que ele trata o senador petebista apenas como um “adversário”. “Diante da campanha que é feita, fica parecendo que Alagoas era um céu e que eu a transformei em um inferno. Os indicadores sociais do Estado ainda não são bons, mas eram piores. Hoje, estão todos flexionado para melhor. Portanto, eu atribuo este resultado a uma campanha indiciosa que é feita pelas Organizações Arnon de Mello que é do Collor. Ele age em uma campanha sem escrúpulos”.
Teotonio Vilela Filho ainda responsabilizou o “momento eleitoral” pela péssima avaliação. Vale salientar – entretanto – que desde o início do governo que o tucano sofre com os índices de aprovação popular. Em entrevistas anteriores – inclusive neste blog – Vilela chegou a reconhecer que o governo se comunica mal e tem dificuldade de apresentar feitos positivos.
Todavia, para Vilela o momento eleitoral ajuda a criar uma imagem negativa da gestão. “Nesta campanha virou moda falar mal do governo. Virou moda jogar pedra na Geni, como disse uma vez em entrevista ao seu programa. Mas, eu estou absolutamente confiante de que a verdade vai aflorar cedo ou tarde. Espero que seja cedo, pois este é um governo que tem feito muito”.
O governador ressaltou que – até o final do ano – serão inauguradas 300 obras. “Eu tenho ido a duas ou três inaugurações por dia. Isto nunca ocorreu antes neste Estado. Obras que são importantes para a população. Eu creio que é uma questão de tempo par que as pessoas reconheçam o que foi feito neste Estado. É um Estado ainda pobre, mas melhoramos os índices. Reduzimos a mortalidade infantil, os índices de homicídio, além de outros números que são cruéis”.
Vilela também fez questão de salientar – em nossa conversa – que “o governo enfrentou dificuldades e crises. Sofremos com a maior seca e a maior cheia dos últimos 100 anos. Somos um governo em que o partido é oposição ao governo federal, mas nós nos fizemos respeitar, apresentamos projetos, recuperamos a credibilidade que o Estado não tinha junto ao governo federal e aos mecanismos internacionais. Todo este esforço tem resultados imensos, que mostram que somos o governo que mais realizou. Por isto digo que esta avaliação é um paradoxo”.
A pesquisa
Na pesquisa do Ibope, Vilela ocupa uma péssima colocação. É o quinto entre os piores avaliados, com um saldo negativo de 17 pontos. Ele está atrás dos governadores do Rio Grande do Norte (-63), Amapá (-44), Distrito Federal (-34) e Mato Grosso (-20). Depois de Alagoas, estão os estados do Maranhão (-1) e Rondônia (-1).
Na pesquisa no quesito ruim e péssimo, o governo alagoano obteve 41 pontos, regular, 26, e 24 pontos para o quesito ótimo ou bom.
Os governadores mais bem avaliados são do Mato Grosso do Sul (49), Paraná (32) e Amazonas (31).
Estou no twitter: @lulavilar