O senador Fernando Collor de Mello (PTB) e o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB) são os mais recentes “rivais” da política alagoana. Não raramente se alfinetam e trocam farpas na imprensa. Já protagonizaram uma “guerra de notas oficiais” em que se acusavam mutuamente de nada terem feito pelo Estado.

Vilela sempre desafiou a Collor a listar nos dedos de uma das mãos o que já tinha feito por Alagoas. Do outro lado, o petebista acusa o tucano de ter praticado um desgoverno. Nesta troca de acusações, ambos possui um garoto propaganda em comum para ilustrar o que já fizeram pelo Estado: o Canal do Sertão.

Uma paternidade em discussão, portanto!

Fernando Collor de Mello diz que foi o responsável pela inclusão da obra no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Vilela afirma que é uma mentira.

O que diz Collor sobre o Canal do Sertão? Em seu programa no guia eleitoral  - na busca pela reeleição – o petebista se orgulha da suposta força que tem em Brasília junto ao governo federal para “transformar um projeto em realidade”.

O Canal do Sertão virou a “menina dos olhos” de todo mundo depois de ter passado anos e anos sendo apenas um motivo de piada em função de ser visto como uma obra que nunca saia do papel. Collor ainda frisa que o dinheiro investido é do governo federal e que “tudo começou com a força” dele.

O petebista levou até o ex-governador Geraldo Bulhões para o guia. Ele afirma que se Collor não tivesse sido o presidente, “não se encorajaria a começar uma obra desta”. Nunca se viu uma obra com tantos pais em Alagoas. Ficou difícil fazer o teste de DNA do Canal do Sertão.

O prefeito de Delmiro Gouveia, Lula Cabeleira, também deu seu depoimento favorável ao petebista. Uma festa! “Uma missão importante é lutar para que o Canal seja concluído. Por isso que prefiro continuar no Senado”, frisa o próprio Collor.

Vilela coloca o Canal do Sertão como uma das principais obras do seu governo. Reconhece a importância do governo federal, mas ressalta que o andamento das obras se dá pelo trabalho que o governo fez com projetos e ajustes na recuperação da confiança.

“O senador Renan Calheiros e Benedito de Lira ajudam muito o Estado. Alagoas só tem um senador que desse aí não sei o que é que existe. Ninguém consegue identificar o que Collor fez por Alagoas, inclusive ocupando cargos altíssimos. Não dá para enumerar em uma mão o que ele fez em nosso Estado”, avaliou Vilela.

O governador volta a afirmar que ainda não decidiu quem apoiará ao Senado Federal, mas mostra sua total disposição para tentar atrapalhar a eleição de Fernando Collor.

“Estou avaliando a performance e mais adiante vou anunciar. Só não votarei no candidato que não gosta de Alagoas, que não gosta do Brasil. Que trabalha em detrimento do povo de uma forma danosa. Neste não votarei. Os alagoanos sabem de quem é o retrato que eu tracei aqui”, finaliza Vilela. 

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