Em entrevista ao Estadão, a candidata a presidência Marina Silva (PSB) foi questionada sobre as alianças para a manutenção da chamada “governabilidade”.

Uma pergunta que se faz necessária em função das posições que eram assumidas por Eduardo Campos (PSB), que morreu em um trágico acidente aéreo.

Campos – como candidato à presidência da República – afirmou que em um governo do PSB “Renans, Sarneys e Collors estariam na oposição”.

Desta forma, a pergunta feita a Marina Silva era como ela lidaria com o fato de já existirem – conforme os bastidores do Distrito Federal – as articulações de Renan Calheiros (PMDB) para permanecer na presidência do Senado Federal.

Marina Silva disse ter certeza de que – na construção da governabilidade – “é muito melhor conversar com FHC e Lula do que ter que conversar com Antônio Carlos Magalhães (já falecido), José Sarney, Collor, Maluf e Renan Calheiros”. O ataque foi direcionado às alianças que hoje são feitas no governo da rival Dilma Rousseff (PT).

Ao falar das articulações em relação à presidência do Senado Federal, disse que nestas circunstâncias teria que manter o diálogo com Renan Calheiros, “mas não com a ideia de que ele será subordinado do Executivo”. Marina Silva afirmou ser importante respeitar a autonomia do Congresso Nacional.

Para Marina Silva é mais importante as alianças com “pessoas de bem de cada partido” do que com os partidos. O problema é qual a régua utilizada pela candidata do PSB para medir a bondade alheia em nome da governabilidade. 

"Antidemocrático é governar apenas para os partidos, como está sendo feito hoje. Temos uma governabilidade canhestra. Governar com Pedro Simon (PMDB-RS), que foi da resistência democrática deste País, um senador do quilate de Cristovam Buarque (PDT-DF), não prescindir de apoio de pessoas como Eduardo Suplicy, que é do PT, e até mesmo, tendo posição diferente do ponto de vista político, se ele for eleito, o José Serra. Não acho que ele vá se furtar a dar o apoio ao governo", sentenciou.

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