Um fator tem chamado atenção na campanha da vereadora Heloísa Helena (PSOL) na briga por uma cadeira no Senado Federal. De acordo com as mais recentes pesquisas, a psolista enfrenta diretamente o senador Fernando Collor de Mello (PTB), candidato à reeleição.  Collor lidera as pesquisas, mas a disputa é acirrada.

O candidato petebista – ainda conforme pesquisas – possui uma forte densidade eleitoral, mas também um alto índice de rejeição. Em função desta rejeição, algumas figuras públicas que não estariam apoiando Heloísa Helena - se o cenário fosse outro ou se uma terceira via se mostrasse mais competitiva – acabam migrando para a psolista e declarando publicamente a posição.

É o que acontece, por exemplo, o com o ex-secretário de Educação e advogado Adriano Soares. O apoio a uma candidata de esquerda acaba por se chocar com algumas convicções políticas que o advogado já expôs nas redes. Todavia, Soares tem pedido apoio para Heloísa Helena e até ofertado auxílio jurídico na campanha.

Mas os apoios não param por aí. Heloísa Helena também contará – como já anunciado – com o voto do parlamentar estadual João Henrique Caldas (Solidariedade), que disputa uma das vagas da Câmara Federal. Ao declarar seu voto, Caldas causou uma polêmica na coligação a qual faz parte – que é encabeçada pelo senador e candidato ao governo Benedito de Lira (PP), que foi o principal rival de Heloísa em 2010 – já que sua mãe, Eudócia Caldas era suplente do candidato ao Senado, Omar Coêlho (Democratas).

O mais recente apoio que causou estranheza veio do tucano Julio Cézar, que disputa o governo do Estado de Alagoas pelo PSDB. O candidato declarou voto em Heloísa Helena durante uma twitcam em que dialogou diretamente com eleitores. Os votos conquistados em setores inesperados podem não parar por aí.

Teotonio Vilela Filho – um dos rivais políticos de Fernando Collor de Mello (PSDB) – não conseguiu articular uma candidatura competitiva para disputar o espaço com Collor. A chapa tucana havia registrado o nome de Eduardo Magalhães, mas este desistiu da disputa. Na verdade, conforme bastidores, Vilela queria colocar Thereza Collor na disputa. Uma forma de derrotar o petebista, ou pelo menos tentar.

Vilela e Collor se confrontam desde a pré-campanha, quando havia a possibilidade do governador ser candidato ao Senado. Collor tem sido um ferrenho crítico de sua administração. Há quem afirme nos bastidores que Vilela pensa em declarar o apoio a Heloísa Helena numa tentativa de transformá-la de vez na força “anti-Collor” do processo eleitoral.

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