A Aeronáutica informou nesta quarta-feira (13) que foi encontrado um gravador de voz, uma espécie de caixa-preta, do jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, que se acidentou em Santos, no litoral de São Paulo, matando o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e mais seis pessoas.
Segundo a Aeronáutica, esse gravador registra tudo o que foi falado na cabine do avião, além de diálogos entre o piloto e a torre de controle. O material será encaminhado para análise de técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) que já atuam no local do acidente. Não há prazo para a conclusão dos trabalhos. As causas do acidente ainda não foram confirmadas pela Aeronáutica.
Além do presidenciável, estavam a bordo quatro assessores Alexandre Severo (fotógrafo oficial da campanha), Marcelo Lyra (cinegrafista), Pedro Valadares (ex-deputado e assessor do candidato) e Carlos Percol (assessor de imprensa). Também morreram o piloto e o copiloto da aeronave.
Campos tinha 49 anos e estava em terceiro lugar na corrida presidencial. Tinha 8% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha. Ex-governador de Pernambuco e ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Lula, Campos era considerado um dos políticos mais promissores de sua geração.
Eduardo Campos deixa a mulher, a economista Renata Campos, e cinco filhos: Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, que nasceu no começo de 2014. Ele era filho de Ana Arraes, ministra do TCU (Tribunal de Contas da União), e do escritor Maximiano Campos (1941-1998).