O PTC vive um momento de guerra interna. Após a expulsão do candidato ao governo Joatas Albuquerque e o pedido para a exclusão de sua candidatura do pleito deste ano, a sigla – comandada por Elias Barros, que disputa o Senado Federal – tenta reconstruir sua majoritária.
De acordo com informações de bastidores, a possibilidade é de que o próprio Elias Barros – dentro do prazo de 10 dias estipulado por lei – assuma a candidatura ao governo do Estado de Alagoas e o partido indique um outro nome ao Senado Federal.
Barros diz que a situação ainda será discutida internamente. Ele não confirma, mas também não nega, a possibilidade de assumir a disputa pelo Palácio República dos Palmares.
Todavia, o PTC está longe de vivenciar dias de paz. Uma sigla ainda sem muita projeção no cenário local e nacional, há quem veja a candidatura em Alagoas com ressalvas. No entanto, Elias Barros diz que está no pleito para valer e que o partido não presta serviço a ninguém.
Dentro da guerra interna do PTC, o novo capítulo pode ser um “dossiê” que foi elaborado por Joatas Albuquerque. Em nota à imprensa, ao negar a desistência que havia sido espalhada pelos bastidores, Albuquerque disse ter informações não muito agradáveis sobre Elias Barros que constariam no tal “dossiê”. Do que trata? Só saberemos se Joatas Albuquerque divulgar.
Diante da expulsão e do documento encaminhado pelo PTC à Justiça Eleitoral, Joatas Albuquerque reagirá? Não se sabe! Este blogueiro tentou contato com o candidato, mas não obteve êxito. No entanto, conversei sobre o assunto com Elias Barros.
Falei da existência de um dossiê e se ele temia o conteúdo. Barros nega temer qualquer coisa. “Meu nome incomoda muita gente por conta de falar a verdade. O Joatas Albuquerque se mostrou violento e não podemos – em um partido que prega princípios cristãos – ter um candidato que ameaçou um advogado de morte e feriu os princípios do partido”, salientou.
Sobre o dossiê, colocou que sua vida era um “livro aberto”. “Não tenho o que esconder. Sou um profissional que vive para sua família. Todos sabem quem é Elias Barros. Se há um dossiê que se apresente às autoridades competentes. Que se faça a denúncia e arque com as consequências”, frisou.
Elias Barros ainda se defendeu de acusações que o perseguem desde pleitos passados, quando – em notas na imprensa – foi apontando como um candidato laranja. O presidente do PTC já postulou o cargo ao governo. Mais recentemente pelo PTN e usando uma vassoura como símbolo de campanha, numa imitação de Jânio Quadros.
Ele negou as acusações. Diz que são invencionices dos que se sentem incomodados por seu jeito de fazer campanha falando a verdade sobre “corruptos, ladrões e taturanas”. Barros acredita que a situação do PTC foi apaziguada com a expulsão de Albuquerque. Mas esta história pode render novos capítulos.
Por sinal, este tem sido um pleito de movimentações no mínimo curiosas. Dois candidatos desistiram já no meio do processo: o tucano Eduardo Tavares e Jefferson Piones (PRTB). Agora, ao que tudo indica, mais um abandonará a corrida eleitoral. Desta vez, contra sua própria vontade e numa briga que acabou colocando o PTC no mapa político.
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