Dos 102 municípios alagoanos, 100 notificaram 9.763 casos suspeitos de dengue até o último dia 04 de agosto deste ano; isso significa 98,03% do território de Alagoas. Esses são alguns dados que constam num boletim técnico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, nesta quarta-feira (06), onde mostra a atual situação da Dengue.

Os dados mostram que, numa comparação com 2013, houve um aumento de 187,64% aos casos suspeitos de dengue com sinais de alarme e dengue grave. Somente neste primeiro semestre de 2014 já são 256 casos contra 89 casos.

Até o momento uma morte pela doença foi confirmada em Alagoas. Dos outros 13 óbitos, sete casos estão sob investigação e seis foram descartados. Esses registrados de mortes por suspeita de dengue aconteceram nos municípios de Junqueiro, Maceió, Murici, Piranhas, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos e Satuba.

Em comparação ao mesmo período de 2013, que registrou 10.100 casos, esse resultado indica uma redução de 3,34% no número de casos de dengue.  A Sesau constatou ainda que 70 municípios notificaram casos suspeitos, destes, 04 municípios (Coité do Nóia, Coqueiro Seco, São Sebastião e Satuba) estão numa situação de alerta para epidemia de dengue por apresentarem taxa de incidência entre 100 e 300 casos por 100 mil habitantes. No entanto é a cidade de Penedo que mais preocupa, já que apresenta situação epidêmica por apresentar taxa de incidência maior que 300 casos por 100 mil habitantes.

No boletim, a Sesau ainda explica que de 1º de janeiro até o dia 04 de agosto, o Laboratório Central do Estado (LACEN) recebeu 1.350 amostras para exames específicos de dengue, vindos de 60 municípios. Das amostras analisadas, 599 (41,41%) foram positivas, confirmando a transmissão da doença em 47 municípios. Quanto ao tipo de vírus circulante, as amostras se encontram em processamento, porém, torna-se necessário o aumento do número de coletas de material fornecidas pelas vigilâncias epidemiológicas municipais, com a finalidade de conhecermos os tipos de vírus em circulação.

A Sesau orienta que os municípios com altos índices de infestação predial devem intensificar as ações de combate. Outro agravante que pode gerar novas epidemias é a presença de vírus que voltam a circular atingindo indivíduos suscetíveis.

“Para o controle do mosquito é necessário que os gestores adotem medidas nos ambientes públicos, como limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias, bem como recolhimento regular de lixo. Além disso, ressalta-se a importância do envolvimento da população na adoção diária de cuidados no acondicionamento do lixo, armazenamento de água e eliminação de recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito”, diz o documento.