O “ninho tucano” – apesar de ocupar importantes posições políticas no Estado – pode se resumir a ser apenas um mero coadjuvante no processo eleitoral alagoano.

Um triste fim de uma crônica anunciada (parodiando o escritor Gabriel Garcia Marquez) para uma legenda que tem o governo do Estado, a Prefeitura Municipal de Maceió e a maior bancada – além do comando – da Assembleia Legislativa de Alagoas.

O PSDB jogou fora a possibilidade de governo desde o início pela forma como começou a conduzir as negociações. Comprometeu ainda a eleição da bancada e se concentra na busca por eleger pelo menos um federal. No caso, o ex-secretário municipal de Esportes, Pedro Vilela.

Com a desistência da candidatura de Eduardo Tavares (PSDB), por falta de apoio, inclusive, do próprio partido, pode ficar ainda mais evidente o “racha” existente dentro da legenda em função das tardias negociações políticas feitas pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Assim, segundo os bastidores políticos, há quem – dentro do ninho – defenda a debandada das “aves bicudas” para as campanhas que bem entenderem. Um fim melancólico de um governo que não conseguiu construir sequer uma alternativa de sucessão e terminou isolado.

O único parceiro do PSDB no processo eleitoral é o PRB do ex-vereador Galba Novaes, que tem este como maior expoente da legenda. Novaes – entretanto – tem um foco na coligação proporcional para disputar uma das cadeiras da Casa de Tavares Bastos. Nada além disto.

A situação do PSDB é tão crítica que a única opção apresentada até o presente momento é o da substituição de Eduardo Tavares pelo vereador de Palmeira dos Índios, Júlio César, que já era um apoio declarado ao senador e candidato ao governo Benedito de Lira (PP).

Caso a debandada se confirme, as lideranças tucanas se dividiram entre apoios às candidaturas do deputado federal Renan Filho (PMDB) e do próprio Lira.  Especulações dão conta de que o prefeito Rui Palmeira (PSDB) e o tucano e ex-secretário Marcos Fireman entrariam na campanha de Lira.

O deputado estadual Edval Gaia (PSDB) – por exemplo – seguiria para a campanha de Renan Filho. Apoios fechados em alianças brancas.  São discussões em andamento.  O presidente da ALE, Fernando Toledo (PSDB), deve ir para o lado de Lira. Ele concentra forças na eleição do filho – Bruno Toledo -  à Casa de Tavares Bastos.

Agora, entre os bicudos a busca é apenas por seus projetos pessoais e quem dá guarda a estes. 

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