De acordo com o vice-governador, José Thomaz Nonô (Democratas), o partido comandado por ele no Estado fará “campanha abertamente” para o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB) em Alagoas.
O Democratas - no cenário local - está alinhado ao PP do senador e candidato ao governo Benedito de Lira. O PP - por sua vez - marcha com o PSB do deputado federal e vice da chapa Alexandre Toledo.
Dentro desse grupo, coube ao Democratas indicar a majoritária que disputa o Senado Federal. O candidato é o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Omar Coêlho.
Nonô salienta que a decisão da coligação com o Benedito de Lira foi algo decidido em função das alianças proporcionais. O partido - segundo o vice-governador - diante deste quadro tem as chances de eleger dois deputados estaduais. “Com possibilidade de fazer o terceiro”, colocou.
“Eu esperei para coligar com o PSDB do governador Teotonio Vilela Filho, mas faltou espaço para a disputa. Então, não coligo apulso. Cumpri o que eu disse. Estou fora e deixei nas mãos das proporcionais decidir os rumos do Democratas”, explicou. Nonô ainda coloca: “vou me dedicar a ser o coordenador da campanha presidenciável do Aécio Neves e estou bastante otimista. Já tivemos as primeiras conversas operacionais e trabalharemos para eleger o Aécio aqui em Alagoas. O Omar fará campanha para o Aécio abertamente”, colocou.
A ideia do vice-governador - conforme ele mesmo - é abrir um “comitê suprapartidário” para o senador Aécio Neves em Alagoas. “Será sem conflito com as alianças locais e outras candidaturas. Vou trabalhar para construir este comitê. Coordenar a campanha na região Nordeste não será uma tarefa fácil”, ressaltou.
Nonô lembrou dos resultados anteriores dos tucanos nesta região, quando foram derrotados - nacionalmente - pela presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT).
“É preciso reavaliar as derrotas sofridas no Nordeste. Trabalhamos diante de uma perspectiva de crescimento do nome do Aécio Neves na região e as pesquisas demonstram isto. Se chegarmos ao segundo turno, nós derrotamos a Dilma. A perspectiva - como disse - é otimista. Aparecemos bem em vários Estados”, salientou.
Nonô pretende abrir frentes para a campanha tucana em Alagoas. Uma delas é conversar com setores que adotaram a mensagem “Fora Dilma” que vem sendo estampada em alguns veículos, por meio de adesivos. “É um sentimento, mas o Fora Dilma é muito romântico. Fora Dilma, mas para colocar quem no lugar? Vou mergulhar de cabeça neste trabalho”, frisou. O vice-governador deve buscar apoio do Sindicato dos Médicos, por exemplo.
Sobre a condição de vice-governador, Nonô diz que “dá para conciliar”. “Eu me desincompatibilizei de muitas funções que vinha fazendo no governo. Afinal, se eu não sirvo para ser o candidato ao governo do Téo (o governador Teotonio Vilela Filho), não me sinto à vontade para daqui para frente ser o companheiro que já fui em trabalhos como o da Reconstrução, do Fecoep. Não há briga, nem afastamento, nós conversamos. Mas vou mergulhar na campanha do Aécio Neves”, finalizou.
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