O deputado estadual Gilvan Barros (PSDB) – que sempre teve uma atuação discreta no parlamento alagoano, circulando bem em todos os setores da Casa de Tavares Bastos – foi alçado, como já sabido, pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) para a disputa do pleito deste ano em uma chapa puro-sangue. Barros é o vice de Eduardo Tavares (PSDB).
No parlamento estadual, ocupa a função de vice-presidente da Comissão de Orçamento e Finanças e da de Agricultura. A aposta dos tucanos é conseguir uma boa penetração nos redutos eleitorais de Gilvan Barros: região do Agreste. Há quem diga que para atrair o tucano para a condição de vice foi prometido até um acordo envolvendo uma das cadeiras do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas.
Claro que são informações extra-oficiais. Nada disto é confirmado pelo próprio PSDB. No entanto, o discreto Barros parece que vai se engajar na campanha. Ele diz demonstrar confiança na caminhada iniciada pelo partido. “Eduardo Tavares é um homem transparente, honesto e preparadíssimo para governador a partir de uma gestão cujos avanços vão entrar para a história de Alagoas”.
É a opinião de Barros. O parlamentar, que já acumula diversos mandatos e chegou a eleger o filho, Netinho Barros (na época pelo PSC), vereador por Maceió, fala ainda de conquista de independência. Gilvan Barros não pretende perder o espaço na Assembleia Legislativa. Colocou no pleito o filho Gilvan Barros Filho para que este assuma o bastão na Casa de Tavares Bastos.
Uma conhecida estratégia de ampliar os domínios políticos. A sucessão hereditária não é novidade em Alagoas. Retornando à candidatura, Barros diz fazer parte de um grupo que está “lutando pela independência conquistada por Alagoas nos últimos oito anos torne-se uma constante nas próximas décadas”.
Que peso terá a escolha de Gilvan Barros para compor com Eduardo Tavares? A urna dirá. No entanto, ao que tudo indica o vice tucano recebeu a missão de bom grado. No final de semana esteve ao lado de Eduardo Tavares em todos os compromisso. Inclusive, assistiram a derrota do Brasil para Holanda juntos, ao lado do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Quanto a Vilela, a estratégia é repetir – como já dito neste blog – o discurso maniqueísta que ajudou na reeleição de 2010 e no primeiro mandato conquistado em 2006. Só que, como já disse em outras postagens, são outros tempos e com um isolamento muito mais “profundo”. Teotonio Vilela Filho – entretanto – insiste: “o maior legado deste governo é a luta contra o atraso. E o atraso persiste, quer voltar. Voltar a discriminar as prefeituras que são de outros partidos. Voltar a perseguir os adversários. Isso não aconteceu no nosso governo. Nunca fizemos apadrinhamento ou perseguição”.
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