Quem disse que escoliose é uma doença de adultos? A escoliose, ou seja, o encurvamento lateral da coluna vertebral, é um problema que, na maioria dos casos, tem início na pré-adolescência e avança rapidamente até os 18 anos, quando o processo de crescimento ósseo praticamente se encerra.

Estamos falando da escoliose idiopática, que pode se tornar mais visível entre os 13 e 14 anos nos meninos e logo após a primeira menstruação nas meninas. Nos pacientes em que a curvatura supera os 45º de angulação, a cirurgia é a forma de tratamento recomendada.

O problema da escoliose idiopática é a ausência de dor e consequentemente a não valorização da deformidade, atrasando o diagnóstico em cerca de 90% dos casos que chegam aos consultórios, como explica o ortopedista da Santa Casa de Maceió, Jon Mark.

“Há pacientes em que a curvatura pode ser visível já a partir dos 10 anos, por isso pais, parentes e até mesmo educadores precisam estar atentos ao problema e encaminhar a criança ao pediatra para uma avaliação. Havendo a suspeita de escoliose, um ortopedista deve ser consultado”, orientou Jon Mark.

“Se existe histórico de escoliose na família, a avaliação precoce de um especialista é ainda mais recomendável”, acrescentou o ortopedista, lembrando que as mulheres têm nove vezes mais chances de ter este tipo escoliose, fazendo com que as adolescentes devam receber uma atenção maior.

A escoliose é um assunto que interessa também aos homens e mulheres acima dos 20 anos por um motivo simples: “A escoliose não tratada hoje pode progredir, trazendo problemas estéticos, e elevar o risco de doenças degenerativas no futuro, entre elas a artrose, a inflamação das articulações. É a artrose que produz as dores que acometem muitas pessoas na terceira idade”, explicou o ortopedista Jon Mark.