Os grupos políticos que disputam o governo do Estado de Alagoas estão orientando seus escritórios jurídicos a se debruçarem sobre as atas das convenções partidárias, sobre todos os mínimos detalhes. Afinal, o que se sabe das atas é que nem tudo que é combinado é escrito. É o tempo das surpresas.
É sabido que são verdadeiras peças de ficção e que na “janela de oportunidades” aberta entre o fim das convenções e o registro na Justiça Eleitoral muita coisa pode acontecer.
A ideia é encontrar meios de – com base nas atas dos adversários – se apresentar ações na Justiça que já dificultem suas vidas logo na largada. Se vão encontrar ou não, aí é outra história. Se vão usar ou não estas informações, também é outra história. Mas o fato é que – conforme um advogado de uma das coligações – que estas análises estão sendo feitas.
Uma delas envolve – inclusive – a campanha tucana. O dia 30 de junho foi o prazo final para se escolher os candidatos. Questiona-se o fato dos tucanos, incluindo o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), terem feito a convenção, terem dado ampla divulgação desta, mas terem deixado em aberto as indicações a vice e ao Senado Federal.
O vice – como já se sabe – é o deputado estadual Gilvan Barros (PSDB), que vai marchar ao lado de Eduardo Tavares (PSDB), candidato ao governo. Há questionamentos também em relação às retificações que foram feitas na chapa do senador Benedito de Lira (PP), por exemplo. No início, nas primeiras informações divulgadas, o deputado federal Alexandre Toledo (PSB) apareceu como candidato ao Senado.
Depois foi puxado para ser o vice do senador Benedito de Lira na disputa pelo governo. Por lá, a disputa pela cadeira do Senado Federal será encabeçada por Omar Coêlho. Como andam essas informações nas atas? Claro, inicialmente, parece procurar chifre em cabeça de cavalo para ter munição. Pode ser que sirva apenas de uma guerrilha interna, onde as chapas mostrem que possuem informações sobre as outras. Mostrar artilharia. É bem provável.
Em todo caso, uma discussão que tem movimentado bastidores. O fato é que a maioria dos partidos se vale de uma brecha na lei que admite que as legendas registrem suas candidaturas até o dia 5 de julho no Tribunal Regional Eleitoral. Portanto, permite que as chapas fiquem indefinidas neste prazo. No caso, a data final é hoje.
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