Publiquei aqui que o tucano e pré-candidato ao governo do Estado de Alagoas, Eduardo Tavares (PSDB), resolveu manter o silêncio em relação a consolidação ou não de sua própria candidatura, mas que – ao mesmo tempo – tem se mostrado “confiante” em relação à novidades na reta final que possibilite ao PSDB a montagem de uma chapa.
As alianças são fundamentais para ter tempo de televisão e condições para a disputa das proporcionais. O PSDB também briga para eleger o pré-candidato à Câmara de Deputados, Pedro Vilela. A “novidade” que Tavares espera pode vir do empenho – ainda que tardio – do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Vilela quer aproveitar a “reta final” – até o dia 3 de junho, data em que está marcada a convenção tucana – para fechar aliança com três siglas: Democratas, PRB e o Solidariedade. O governador tentou trazer o PSB, conversando diretamente com o presidenciável Eduardo Campos (PSB), mas não obteve êxito. PSB segue aliado ao PP.
Em relação aos três outros partidos citados, Vilela – na busca por atrair estas siglas – tem impressionado alguns assessores diretos e pessoas que acompanham a trajetória ao longo de sua vida pública. Um dos assessores diz que o governador, nos últimos dias, se mostra incansável, “sem desprezar até mesmo legendas com chances remotas de aliança”.
As alianças – caso aconteçam – podem até trazer mudanças na composição de secretariado nos últimos meses de governo. O PRB – por exemplo – pode acabar assumindo a Secretaria da Pesca, caso decida apoiar Eduardo Tavares. Ainda de acordo com interlocutores do Palácio República dos Palmares siglas antes apontadas como “fechadas” com outras coligações, podem ter firmado compromisso com a candidatura de Tavares provando que até a convenção cartorial dos tucanos, marcada para segunda-feira, muita coisa deve acontecer.
O DEM é o partido do vice-governador José Thomaz Nonô, que já acenou com apoio aos tucanos por coordenar a campanha presidencial de Aécio Neves. Todavia, Nonô liberou o partido para conversar com a frente formada pelo senador Benedito de Lira (PP), que disputa o governo. O Solidariedade é do deputado federal João Caldas, que busca o melhor espaço para a eleição proporcional do deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC. Ele quer deixar a Assembleia Legislativa e ocupar cadeira na Câmara de Deputados.
O PRB é o partido de Galba Novaes, ex-vereador por Maceió. Novaes busca o mandato de deputado estadual. A aliança entre PRB e tucanos “enterra” o sonho de Euclydes Mello (PRB) de ser suplente do senador Fernando Collor de Mello (PTB) na luta pela reeleição.
Sendo assim, Vilela se empenha para que Tavares tenha companhia. Resta saber se o extraterrestre da eleição – que tem se orgulhado da solidão e do isolamento em função de um “novo jeito de fazer política – vai julgar que estas siglas são boas ou “más companhias”. Foi o discurso adotado – logo de início – pelo pré-candidato tucano.
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