A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - que foi noticiada pelo CadaMinuto ainda na noite de ontem, dia 18 - deve influenciar diretamente no processo das coligações proporcionais envolvendo o pleito deste ano. 

O motivo? Com o retorno das nove vagas para Alagoas na Câmara de Deputados (e as 27 na Assembleia Legislativa do Estado), os pré-candidatos a estas cadeiras devem repensar suas alianças em função do cociente eleitoral que mudou novamente. 

Em relação à frente de oposição, pouco muda. O bloco permanece único para disputar as vagas da Câmara de Deputados. De acordo com o coordenador da frente, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), a ideia era fazer quatro deputados federais com o cociente anterior. Agora, é possível chegar a cinco parlamentares.

Na questão da disputa pelas cadeiras do parlamento estadual, os partidos se subdividem dentro da frente. Estas coligações serão estudadas em função da densidade eleitoral dos pré-candidatos. O PT é o partido que deve partir para brigar pelo espaço na Casa de Tavares Bastos de forma solitária, esperando eleger três deputados estaduais.

A situação das candidaturas majoritárias do senador Benedito de Lira (PP) e do tucano Eduardo Tavares, que pretendem disputar o governo do Estado de Alagoas, é que passa a depender ainda mais das composições proporcionais. Podem perder ou ganhar aliados em função disto. Será uma reta final decisiva para estas.

Lira ainda possui um grupo em torno de si. Corre o risco - nesta reta final - de perder o Solidariedade do deputado federal João Caldas.

Caldas é bem claro: trabalhar sem pressa para garantir o melhor espaço para o filho, o deputado estadual João Henrique Caldas (Solidariedade). JHC - como é conhecido - será candidato à Câmara de Deputados. Com a mudança de cociente, é hora do Solidariedade refazer os cálculos. João Caldas deve conversar, em breve com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Vale lembrar que já perdeu o PSD do deputado federal João Lyra. Hoje, a sigla está na frente de oposição liderada pelo deputado federal e pré-candidato ao governo, Renan Filho (PMDB).

Eduardo Tavares tem apenas o Democratas como aliado. Porém, em função também das proporcionais e da busca pela consolidação da candidatura de Thomaz Nonô (Democratas) ao Senado Federal, pode acabar fechando com o senador Benedito de Lira. O pré-candidato Omar Coêlho não esconde esta posição. Ele afirma que ainda não há martelo batido dentro do partido e que todos estudam as melhores condições de disputa. O Democratas deve realizar sua convenção no dia 30. 

E se Nonô fechar aliança com Benedito de Lira e consolidar a disputa pelo Senado Federal, como ficará o deputado Alexandre Toledo (PSB)? Aceita e assume o papel de vice? São discussões em adiamento nos bastidores políticos.

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