O PSDB tentou dar a resposta ao isolamento que o ninho tucano vem sofrendo neste processo eleitoral. Dias depois do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) ter falado em sua solidão extrema do ponto vista político e declarar apoio a pré-candidatura ao governo de Eduardo Tavares (PSDB), o partido realizou um evento para falar de “união” em torno do projeto palaciano.
Entretanto, a união que o PSDB tenta demonstrar não faz parte do espírito - conforme informações de bastidores - de muitos de seus correligionários que possuem mandatos. Na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, por exemplo, a opção pelo isolamento tem feito os deputados estaduais tucanos repensarem os rumos de suas candidaturas e apoios.
O grupo do parlamentar Edival Gaia (PSDB) - por exemplo - deve trabalhar para a pré-candidatura ao governo do deputado federal Renan Filho (PMDB).
Não é segredo que o também deputado estadual tucano Joãozinho Pereira trabalha para eleger o senador e pré-candidato Benedito de Lira (PP). Além disto, é provável que o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), opte por acompanhar o processo eleitoral pelo guia televisivo, participando muito pouco das atividades de campanha. Quando participar, de maneira não tão efusiva. Aguardem.
Palmeira defendia - ainda conforme fontes - uma composição mais ampla, quem sabe até o apoio do partido ao senador Benedito de Lira.
Tavares tem tido dificuldades de fechar a aliança com o Democratas. O vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) vê a marcha solitária dos tucanos como um processo que pode implodir o partido e levar o Democratas juntos. Há insatisfação também entre os candidatos proporcionais, como ressaltei várias vezes neste blog. Logo, porta aberta para composição com Benedito de Lira, que perdeu o PSD, mas pode ganhar o DEM.
Eduardo Tavares participou de um encontro - que durou cerca de três horas - para discutir a candidatura com dirigentes partidários tucanos. Eles trataram de estratégias para as eleições deste ano. Hipotecaram apoio ao pré-candidato. Porém, detalhe, estes não simbolizam o PSDB por completo.
No encontro, Tavares voltou ao já conhecido discurso das “má companhias”. “Se for para ser governador em troca de acordos e alianças espúrias, eu não serei governador. Quem me convidou, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB ), decidiu que essa eleição seria do povo. Ele me disse: o povo é quem vai escolher o que é melhor para o Estado. Nós estamos cansados de ver o poder passar de pai para filho, de filho para pai. Vamos fazer uma nova experiência e tentar um jeito novo de fazer política”, frisou o pré-candidato tucano.
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