O deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado de Alagoas, Renan Filho (PMDB), foi o sabatinado do dia de ontem, 29, na rodada de debates promovidos pela TV Alagoas/Portal CadaMinuto e Rádio CBN. O peemedebista tocou em diversos assuntos, desde a segurança pública às composições da frente de oposição que encabeça.
Ao tocar no assunto da segurança pública, Renan Filho voltou a cobrar a responsabilidade do governo do Estado de Alagoas. Na visão do peemedebista, desde o início do governo o atual gestor Teotonio Vilela Filho (PSDB) nunca teria assumido as políticas de segurança como algo inerente a sua administração, sempre buscando soluções em pessoas de fora, incluindo o ex-procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares (PSDB), que chegou a assumir o comando da Defesa Social.
Na sequência, Tavares deixou o cargo para concorrer ao governo pela chapa de situação. “Nós não perdemos a guerra contra a violência. Mas é importante que seja dito que os números de Alagoas são os piores do país. É verdade que o problema da violência é nacional, mas é importante que seja dito que estamos acima do dobro da média nacional. São problemas peculiares. Houve uma tentativa sucessiva de transferir responsabilidade para outros órgãos. O governador precisa assumir esta responsabilidade”, frisou Renan Filho.
O peemedebista também tocou no tema da descentralização das ações de Saúde. “Eu acho muito importante investir nesta descentralização. A maior parte do serviços da alta complexidade e da média se concentra em Maceió. Hoje, em Alagoas, as pessoas levam meses para conseguir uma consulta e anos para fazer cirurgia. Esse quadro não pode continuar. O governo federal faz investimentos importantes, como as UPAs, que estão chegando em todas as regiões. Alagoas é um dos estados mais atrasados na implantação destas UPAs. Elas precisam funcionar bem. Elas permitem que o cidadão seja atendido na urgência e emergência, que é um gargalo que precisa ser resolvido. A Saúde é talvez a maior carência do povo alagoano”, analisou o peemedebista.
Renan Filho ainda falou das prioridades - segundo ele - do PMDB para a área de Infraestrutura. “Há dois assuntos nesta questão. O primeiro é a infra-estrutura energética. É preciso de oferta de energia para ter desenvolvimento, para atrair indústrias. O que a gente percebe na Eletrobras é um caos total que não atende os anseios da população. É uma das energias mais caras do país e isto precisa ser resolvido. Sem energia de qualidade Alagoas não pode avançar. O outro ponto é o investimento do governo do Estado na capital em mobilidade urbana. É preciso avançar no transporte coletivo. Houve uma interrupção dos investimentos em Maceió por parte do governo”.
No campo da política, Renan Filho foi indagado sobre a perda do número de deputados federais, que passou de 9 para 8. “Os poderes constituídos precisam ser respeitados, seja pelo TSE ou qualquer outro tribunal. É um tema controverso, mas o que fortalece a democracia é a pluralidade e o respeito às leis. O que deve ser imperativo é o cumprimento da legislação. É importante que o STF se posicione em relação a isto para que tenhamos uma regra clara. O que não pode é a regra mudar faltando quatro meses para a eleição. Eu nunca defendo mudança de regra. Defendo que elas sejam respeitadas. Se forem, teremos um ambiente político e democrático para o avanço do país”.
O peemedebista foi questionado também em relação ao tamanho da frente de oposição que encabeça. São mais de 15 partido. É o maior grupo. O questionamento é: caso ele ganhe a eleição, com uma frente tão ampla de agremiações, a máquina pública sofreria com o loteamento para agradar aos aliados de hoje. A resposta: “essa é uma pergunta importante. Não temos compromisso nenhum com loteamento de governo. Nós temos compromisso com o que eu tenho feito, que é percorrer Alagoas para conhecer de perto os problemas do Estado e encaminhar soluções para estes problemas. Sou contra o aparelhamento político que acontece Alagoas, inclusive”.
“Recentemente, houve mudanças de secretarias foi justamente por conta deste aparelhamento. Se este problema poderia acontecer lá na frente, ele já acontece hoje no atual governo. Veja o caso da Educação, que nada funciona. Foram quatro secretários cada um com uma ideia diferente. Veja, a Secretaria de Assistência Social, a gente nem lembra o nome do secretário. São pastas tão importantes, mas que não prestam o serviço que Alagoas deseja. Portanto, no nosso governo nós vamos nomear tecnicamente que tenha condições para cumprir a missão. É isto que não é feito hoje”, complementou ainda Renan Filho.
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