O chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado (PSDB), que foi colocado como “truclento” pela nota dos partidos aliados do senador Benedito de Lira (PP), rompeu o silêncio e resolveu rebater o documento que foi divulgado pelo PP, PR, Solidariedade, PSD, PSB, PPS e PSL após terem sido entregues os cargos que alguns destas siglas tinham no governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB).

De acordo com Álvaro Machado, a nota merece repúdio veemente. “Quanto à citação do meu nome na “nota” dos partidos que apoiam a candidatura do senador Benedito de Lira (PP), repudio veementemente o que ali foi colocado”.

O secretário diz que tem uma excelente relação pessoal com o senador Benedito de Lira, com o deputado federal Alexandre Toledo (PSB) e com o também parlamentar Maurício Quintella (PR e com “muitos dos que assinaram aquela nota”. “Estranho bastante que uma opinião política minha, exclusivamente minha, feita como cidadão e como integrante da Executiva Estadual do PSDB, de achar - isso mesmo, apenas achar - que as circunstâncias políticas levariam, naturalmente, os partidos da base de governo que não têm candidaturas majoritárias, a deixar essa base por iniciativa própria, tenha sido considerada como “truculência” ou “humilhação pública” a esses partidos. Meu Deus, quanta desproporcionalidade!”, frisa Álvaro Machado.

O chefe do Gabinete Civil encaminhou nota a este blog e toca neste e em outros pontos. “Vivemos num país democrático e as opiniões públicas são colocadas para debate, não para ataques beligerantes. O que disse, aliás, não é novidade para ninguém, seja aqui, seja em outro Estado, seja no âmbito do Governo Federal. Essa referência a mim, feita de qualquer forma, muito me decepcionou, pois mostra que o conjunto daquela obra está muito aquém dos seus líderes. Também nunca tentei, com a opinião que emiti publicamente, “cooptar” os partidos citados para a base do Eduardo Tavares. Uma coisa nada tem a ver com a outra, vir ou deixar de vir deve depender dos interesses partidários próprios, inerentes a cada sigla, não por influências de opiniões cidadãs”.  

Sobre os demais assuntos que envolvem o nome de Álvaro Machado, segue as reflexões do secretário na íntegra - em negrito - para a avaliação do leitor. 

 

1.      Sempre defendi, junto ao meu governador e junto à Executiva Estadual do PSDB, da qual sou integrante, que o partido deveria ter um candidato próprio à eleição majoritária. Seria incompreensível que sendo Alagoas o único Estado do Nordeste governado pelo PSDB, tendo exatamente como governador Teotonio Vilela Filho, um dos mais destacados nomes do partido e que foi presidente nacional da sigla durante cinco anos, e tendo ainda como tucanos o prefeito da capital e o presidente da Assembleia Legislativa, não tivéssemos uma candidatura própria.

 

2.      O meu desejo inicial era que essa candidatura majoritária fosse a do governador Teotonio ao Senado, mas no momento em que ele optou em não ser candidato, passamos a discutir outras possibilidades que levassem a legenda a essa candidatura majoritária.

 

3.      Um nome exponencial para a disputa ao governo do Estado seria o do prefeito Rui Palmeira, com quem marchei junto na sua eleição para a Câmara Federal e, obviamente, para a Prefeitura, mas entendo e concordo com suas razões para permanecer à frente do Executivo Municipal.

 

4.      Não é verdade que “trabalhei” contra o nome do Marco Fireman, pelo contrário. O Marco, além de um querido amigo de muitos anos, tem hoje todas as condições para disputar qualquer cargo eletivo em nosso Estado, pela competência, capacidade de trabalho, articulação política e vários outros predicados.

 

5.      Acompanhei, isso sim, as avaliações criteriosas que o governador Teotonio Vilela fez em torno de cada nome postulado e, quando ele chegou ao nome do Eduardo Tavares como aquele que, além de carrear a simpatia dos que apoiariam um nome ligado politicamente ao governador, ainda teria, numa dimensão maior que os demais, o apoio dos que ainda estão politicamente mais distantes, concordei plenamente com o governador.

 

6.      Friso que, qualquer que fosse a decisão do governador, estaria a seu lado, em qualquer circunstância. Até o governador decidir pelo nome do Eduardo, nunca “trabalhei” contra nenhum outro nome. Esse pressuposto é absolutamente irreal.

 

7.      Tenho – e isto é real – a mais absoluta convicção de que o Eduardo Tavares, por sua história de vida, sua competência, sua idoneidade e sua postura democrática, tem todas as condições para governar bem o nosso Estado e fortalecer o projeto de desenvolvimento implantado pelo governador Teotonio Vilela Filho, após anos de estagnação econômica e marasmo social.

 

8.      Quanto à citação do meu nome na “nota” dos partidos que apoiam a candidatura do senador Benedito de Lira, repudio veementemente o que ali foi colocado.

 

9.      Tenho uma excelente relação pessoal com o senador Benedito, com o deputado Alexandre Toledo, com o deputado Maurício Quintela, com muitos dos que assinaram aquela nota e estranho bastante que uma mera opinião política minha, exclusivamente minha, feita como cidadão e como integrante da Executiva Estadual do PSDB, de achar – isso mesmo, apenas achar – que as circunstâncias políticas levariam, naturalmente, os partidos da base de governo que não têm candidaturas majoritárias, a deixar essa base por iniciativa própria, tenha sido considerada como “truculência” ou “humilhação pública” a esses partidos. Meu Deus, quanta desproporcionalidade!

 

10.  Vivemos num país democrático e as opiniões públicas são colocadas para debate, não para ataques beligerantes. O que disse, aliás, não é novidade para ninguém, seja aqui, seja em outro Estado, seja no âmbito do Governo Federal. Essa referência a mim, feita daquela forma, muito me decepcionou, pois mostra que o conjunto daquela obra está muito aquém dos seus líderes.

 

11.  Também nunca tentei, com a opinião que emiti publicamente, “cooptar” os partidos citados para a base do Eduardo Tavares. Uma coisa nada tem a ver com a outra, vir ou deixar de vir deve depender dos interesses partidários próprios, inerentes a cada sigla, não por influências de opiniões cidadãs.  

 

12.  Por fim, Vilar, não tenho e nunca pretendi ter o “poder” a que muitos me atribuem. Nunca foi nem pretendo ser candidato a nenhum cargo eletivo, porque não tenho esse objetivo na vida. E declino por inteiro do epíteto de “supersecretário”, pois integro, com muita honra, a equipe do governador Teotonio Vilela Filho em igualdade de condições com os demais colegas, desempenhando com dedicação exclusiva as funções da minha Pasta e trabalhando diuturnamente por uma Alagoas melhor, cada dia mais motivado pelo exemplo e pelos resultados que o governador tem alcançado na recuperação da credibilidade e na afirmação do desenvolvimento que precisa ter continuidade para o bem de todos os alagoanos.

 

Sobre o assunto, escrevi também no dia de ontem.

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