Com a aliança anunciada hoje entre o PSB e o PP - partido que também era disputado no ninho palaciano - o deputado federal Alexandre Toledo conseguiu manter um palanque para Eduardo Campos (PSB) em Alagoas e se lançar na disputa pelo Senado Federal. Terá como principais rivais o senador Fernando Collor de Mello (PTB) e a vereadora Heloísa Helena (PSOL).

Caso se confirme a aliança PSDB e Democratas, como tudo indica, um quarto nome também surgirá na disputa: o vice-governador José Thomaz Nonô (DEM). Se antes não havia um cenário de disputa, agora este já se anuncia. Collor - pelas últimas pesquisas - lidera, seguido, muito próximo!, por Heloísa Helena.

Todavia, o ambiente agora é outro. O que pode acarretar também em mudanças de números. Há "colloridos" que acreditam que a fragmentação pode favorecer Fernando Collor, já que ele tem uma boa densidade eleitoral, mas sofre com o alto índice de rejeição. No entanto, há - em todas as coligações - a preocupação de ser surpreendido na corrida eleitoral. O Senado ganhou contornos de verdadeiras disputas.

Toledo abriu mão de sua candidatura ao governo do Estado de Alagoas. Em entrevista, explica que foi a melhor solução após os diálogos que teve com vários partidos da base aliada do governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), grupo do qual faz parte. O PSB - inclusive - tem cargos e espaço considerável no governo de Vilela.

Apesar de não disputar eleições na chapa da "situação", Toledo evita o discurso de oposição e se mostra um defensor de Vilela. Diz até que é a chapa na qual se encontra quem tem condições de seguir com o que considera ser "um governo do desenvolvimento". Sobre a decisão de disputar o Senado Federal, o próprio 'socialista' explica: "tudo na vida é feito de diálogo e sobretudo a política. Existiam cinco pré-candidaturas ao governo. Ora, existe porque o governo é estruturante, é respeitado e colocou Alagoas no caminho certo. Diante disto, discutimos alternativas de composição e esta a que se chegou - com o Benedito de Lira - foi a melhor".

Toledo ainda segue: "Benedito de Lira, nos municípios que é administrado por ele e por sua família, desenvolve uma política participativa, junto a população e com resultados. É esta a proposta de Eduardo Campos para o Brasil. Abraçando esta causa, aceitamos compor uma frente para seguir no caminho do desenvolvimento". Toledo passa a defender semelhanças entre a forma de Lira fazer política e a proposta de Campos. É isso!

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