O senador Benedito de Lira (PP) não apresentou novidades no evento que lançou sua pré-candidatura ao governo do Estado de Alagoas, na manhã desta segunda-feira, dia 18. Na verdade, foi apenas uma reafirmação do que Lira já vem colocando há tempos. A diferença é que o senador pepista tenta afastar - desta vez! - as informações que dão conta de um enfraquecimento da frente, ou até mesmo do abandono do barco por parte de alguns partidos, como o caso do PSD.
Apesar de ter sido colocado como fora do grupo, o deputado federal João Lyra se fez presente e confirmou a aliança com Benedito de Lira.
Com isto, Lira aproveitou para não só lançar a pré-candidatura, como para solidificar o bloco que se constrói - segundo ele mesmo - "em torno deste projeto". A "frente pró-Biu" tem sete partidos aliados que firmaram seu compromisso nesta segunda: o PR, o PSD, o PSL, o PPS, o PSB, o Solidariedade e o próprio PP. A estimativa é de que a aliança resulte em oito minutos de televisão, além de sair junta para disputar os mandatos da Câmara de Deputados. A perspectiva é de eleger três ou quatro federais.
"Essa frente formada não diminui mais em nada. Ela só cresce. Ao longo desses últimos meses conversamos muito com os partidos e, graças a Deus, estamos consolidando esta frente. Não é uma frente de oposição, mas uma aliança de sete partidos com possibilidade de ampliar, porque não fechamos portas. Virão outros. Isto é um mutirão em benefício de Alagoas. Estou feliz por isto", colocou Benedito de Lira.
O senador pepista ainda rebateu as informações que circularam na imprensa que chegaram a colocar dúvidas na composição formada. "Muita gente afirmou por aí que não chegaríamos a ter uma frente com estes partidos. Eis aqui uma coligação com o PSB, com o PPS, com o PR, com PSL, com o Solidariedade. É uma frente com o interesse de Alagoas. Vamos cuidar das pessoas. É o que estamos propondo".
De acordo com Lira, sua "candidatura tem uma simbiose perfeita com o povo". Lira ressaltou ainda elogiou o governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB), mesmo não sendo candidato de situação. "Não podemos ser oposição ao que deu certo no Estado. Temos que reconhecer os méritos do candidato Teotonio. Aqui não existe oposição. A frente de oposição (referência ao grupo do senador Renan Calheiros) é quem faz oposição à Alagoas".
Lira mandou recados em entrelinhas para o grupo liderado por Calheiros. Trata-se da guerra fria vivenciada nos "bastidores políticos". Sem citar nomes, o senador pepista disse que o grupo rival se concentra apenas em fazer oposição e que a aliança que marcha com ele estaria concentrada em projetos. "A frente de oposição é uma oposição a quem? Ao que? Uma frente tem que fazer é o que temos feito. Trabalhar por Alagoas e defender projetos para este Estado. Precisamos colocar Alagoas em seu devido contexto de desenvolvimento. Logicamente, Alagoas é o melhor pedaço de terra do Nordeste e tem que ser tratado se reconhecendo isto. Nós não vamos criar oposição para Alagoas. Vamos criar o melhor para Alagoas, que é o que estamos fazendo neste momento".
Benedito de Lira também falou do fato de ter montado o palanque do presidenciável e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em Alagoas. Falarei sobre o assunto em outro post.
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