O deputado estadual Antônio Albuquerque (PRTB) tem demonstrado - ao menos em bastidores - sua insatisfação com a decisão da frente de oposição, liderada pelo PMDB, de expulsar o PRTB do bloco que dá sustentação à candidatura do deputado federal Renan Filho (PMDB) ao Palácio República dos Palmares.

Dentro do PRTB é até de se estranhar o silêncio ou a fala comedida de seus membros. O deputado estadual João Beltrão não se pronunciou até então. O ex-prefeito Cícero Almeida levanta a proposta de cada um para o seu lado e pode - inclusive - acabar apoiando o deputado federal Renan Filho.

Adeílson Bezerra - o dirigente e cérebro do partido - sabe bem da "sinuca de bico" na qual se meteu. Ele, mais do que ninguém, optou pelo mergulho. A resposta veio pelo presidente nacional da legenda Levy Fidélix, como mostrou em entrevista a este blog e em nota oficial. Fidélix foi o único a rebater as razões pelas quais o PRTB foi expurgado - ou "depurado" - da frente de oposição.

Albuquerque também vai falar. Vai romper o silêncio na próxima sexta-feira, às 9 horas, em uma coletiva de imprensa no Hotel Ponta Verde. Em conversa com os mais próximos, o deputado estadual do PRTB é bem claro: "vai abrir o verbo". Diz que vai responder a todas as perguntas. Resta saber se apontará o dedo para alguém.

A expulsão do PRTB ainda rende. Provocou tanto rebuliço que pouca gente explorou um outro ponto da questão: o PMN do deputado federal Francisco Tenório também foi "depurado" - no vocábulo da moda que foi inaugurado pelo senador Renan Calheiros (PMDB) - e optou pelo silêncio. Quem cala...

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