Para contribuir com a redução das mortalidades infantil e materna, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país, o Ministério da Saúde (MS) lançou em 1991 o Programa Saúde da Família (PSF), que divide as cidades em lotes, cadastra os indivíduos através de mapeamento e passa a acompanha-los de maneira cotidiana, com visitas de médicos (diferentes especialidades), enfermeiros e de assistentes sociais, feitas rotineiramente na casa dos próprios pacientes. Na teoria, ao cadastrar determinada residência onde vivem dois idosos, um diabético e outro hipertenso por exemplo, estes não precisariam ir de casa para os postos, exceto em casos não previstos pela equipe de saúde. Na teoria.

            A estratégia do PSF teve início com a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e em janeiro de 1994, foram formadas as primeiras equipes de Saúde da Família, incorporando e ampliando a atuação desse agentes. O modelo foi importado de Cuba, onde as taxas de mortalidade infantil se equiparam as de países como o Canadá e a expectativa de vida é semelhante à dos cidadãos americanos.

            Nomeclatura

            O programa, que mudou de nome há pouco para Estratégia Saúde da Família (ESF- nomenclatura ignorada até por funcionários do sistema) tem o objetivo de atender áreas carentes de regiões igualmente deficitárias. Para o MS, consiste em uma tática que visa atender o cidadão e sua família de forma integral e contínua, desenvolvendo ações de promoção, proteção e recuperação. A motivação primordial é reorganizar a prática assistencial, antes centrada nos hospitais, passando a focar a família em seu ambiente físico e social, priorizando ações de prevenção, por meio de atendimento prestado em unidade básica ou no domicílio, pelos profissionais que compõem a equipe.

            Pelos dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Maceió tem 85 equipes trabalhando no ESF, o que representa perto de 30% de cobertura ou um total de 67.544 famílias atendidas. Esses números correspondem a 268.784 pessoas, devidamente cadastradas e assistidas. Além da atuação nos consultórios, são feitas visitas domiciliares que seguem o parâmetro. Os médicos devem realizar 32 visitas mensais, bem como os enfermeiros. Odontólogos e auxiliares de enfermagem fazem 16 visitas/mês e os agentes comunitários de saúde devem efetuar 160 inspeções a cada 30 dias. São critérios estabelecidos pelo próprio MS.

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