“Quando passa um caminhão grande parece que a casa toda vai cair”. Esse foi relato da dona de casa Nadir Cavalcante Magalhães, que teve a infraestrutura de sua residência comprometida com mudança do trânsito no bairro do Poço. As modificações ocorreram há dois anos. O reflexo da mudança foram sentidos de imediatos pelos moradores, principalmente por conta do grande fluxo de veículos no local.
Com um novo projeto da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de mudança no fluxo de trânsito na região, os moradores estão mais otimistas com as melhoras. Por serem imóveis com estruturas antigas, paredes e tetos não aguentaram tanta trepidação e racharam. A alteração atingiu seis ruas com grande fluxo de veículos diariamente, que passaram a ter o sentido invertido. Foram elas: Avenida Cid Escala (paralela ao Riacho do Sapo) que passa a ter sentido Poço/Centro; Pedro Paulino (Sesc/Senac), sentido Poço/Jaraguá; João Omena de Andrade, sentido Jaraguá/Poço; Rua Mato Grosso, sentido Jaraguá/Poço; Sá e Albuquerque, sentido Centro/Jaraguá; e Pedro Américo (Senai), sentido Ponta Verde/Poço.
O investimento feito por Nadir Cavalcante para realizar reparos na casa foram altos nos últimos meses e, mesmo assim, com o tempo chuvoso, ela afirma que água voltou infiltrar as paredes. “Somente na fachada da casa já fizemos dois reparos e agora ela voltou a rachar novamente. O teto da minha casa é de madeira, mas já estou fazendo um planejamento para mudar para PVC ou outro material mais resistente”, disse a dona de casa.
Nadir recorda que a mudança no trânsito pegou os moradores daquela região de surpresa, sem nenhum preparo da infraestrutura no local. No início, com caminhões de grande porte passando pela Rua João Omena de Andrade era constante a queda de energia elétrica. “Com os carros altos, eles passavam e derrubavam os fios. Até nisso a prefeitura, na época, não fez um planejamento e simplesmente implantou essa mudança e nós tivemos que aceitar”.
Ele afirma que devido aos prejuízos já cogitou acionar a Justiça para ter o reparo dos danos e também a devolução do dinheiro investido nos consertos, no entanto, a ideia foi removida pela demorara que a ação poderia para ser julgada. “Infelizmente hoje vivemos nessa situação e não temos a quem reclamar. Até para conseguir estacionar o carro dentro da minha casa eu tenho que pedir aos motoristas um espaço para entrar”, disse ela.
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