O senador e pré-candidato a governador Benedito de Lira (PP) parece não ter autorizado seu filho e deputado federal Arthur Lira (PP) a seduzir os nomes do PRTB e do PMN que foram expurgados da Frente de Oposição após o processo que o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) chamou de depuração da chapa que será encabeçada pelo deputado federal Renan Filho (PMDB). Pelo menos é o que depreende do contato que a assessoria de comunicação do senador Benedito teve há alguns minutos com o blog.

Segundo a assessoria do pré-candidato pelo PP, o senador nunca conversou com nenhum dos nomes considerados “impuros” pelo líder do PMDB. E tal conversa, se tivesse existido, deveria ter sido precedida de um prévio contato com todos os demais partidos aliados à chapa que está sendo construída, porque, afinal, essas siglas são compostas de pré-candidatos a deputado estadual e federal.

“Para ter uma conversa com esses caras, seria preciso retomar todo o início da conversa dele com quem ele já tratou. Cada um dos partidos que ele está lidando, tem deputado, está entendendo? Tem o PR do Maurício Quintella, que está no projeto de reeleição, assim como o PSD do João Lyra. Quer dizer, para ele ter uma conversa com o PRTB, teria que retomar o diálogo e refazer todo um processo político sem sentido. O senador garante que não houve essa conversa com ele: ‘Eu não conheço e não tenho contato com esse povo. Nunca tratei de coligação com o PRTB. Fala para o Davi que eu nunca tive contato com esse povo, não’”, reproduziu para o blog a assessoria do senador Benedito de Lira. 

O blog lembra que, independente de aliança formalizada, o maior interesse da conversa que Arthur Lira teve com Albuquerque seria de instigar o grupo de "impuros" a marcar posição contrária à campanha de Renan Filho, em bloco. A coligação com Cícero Ferro, João Beltrão, Antôni Albuquerque e do deputado federal Francisco Tenório, não seria o objetivo prioritário.