Com os bastidores políticos apontando que o principal fato a ser anunciado pelo PMDB na coletiva da segunda-feira, 05, é a pré-candidatura de Renan Filho ao governo do Estado de Alagoas, uma nova discussão toma conta dos peemedebistas. O partido vence uma etapa do processo, mas se prepara agora para as avaliações junto com a frente de oposição para a composição de chapa.

Um amplo leque de alianças deve sustentar a majoritária. Todavia, nas proporcionais – como até já citei neste blog – os partidos devem se agrupar em chapas menores pensando em “abocanhar” o maior número de cadeiras na Câmara de Deputados ou na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas.

A discussão sobre as proporcionais, portanto, se adiantará naturalmente diante da definição da cabeça da chapa. Lembrando, inclusive, que a candidatura de Renan Filho ao governo libera várias bases  eleitorais (prefeituras e blocos de oposição aos prefeitos em determinadas regiões) do próprio parlamentar para que sejam “cedidas” a outro candidato proporcional.

Uma forma de fortalecer ou atrair novas alianças ao grupo, já que há partidos que se aglutinam apenas pensando no pragmatismo de eleger seus deputados.

Outra discussão que se abre é a respeito de quem seria o vice de Renan Filho. O vice se dá em uma composição política. É a “cereja do bolo” para amarrar de vez a coligação. Obedece uma série de conjunturas. É alguém que se não ajudar, ao menos não atrapalha. O PMDB – ao dispensar o PRTB e o PMN da coligação; ao pensar tanto sobre a presença de Collor no palanque – mostra o quanto está focado em não ser atrapalhado, nem deve dar munição (no sentido metafórico, claro!) para os adversários.

A bolsa de apostas nos bastidores já foram abertas. O nome do ex-prefeito Luciano Barbosa (PMDB) surge como um possível vice. Há – entre os candidatos proporcionais – quem adorariam ver Luciano Barbosa numa majoritária. Diminui a concorrência interna em busca da cadeira de deputado federal.

Porém, o PT também deve reivindicar o espaço. Surgem nomes como o deputado estadual Judson Cabral e Rosiana Beltrão.  Como colocou o blogueiro Davi Soares, há quem pense em compor com uma figura feminina que arraste votos em uma região. O nome de Renilde Bulhões (PTB) foi lembrado nos bastidores.  Uma mulher do Sertão em uma tradicional família política.

Outros nomes também começam a surgir. Uma coisa já é certa: o nome de Renan Filho já é muito bem aceito dentro do grupo da oposição. O que não ocorria há algum tempo, quando alguns políticos da frente só defendiam ter unidade diante do nome do senador Renan Calheiros (PMDB).  O presidente do Senado Federal – como bom enxadrista que é – soube contornar e construir o momento que será anunciado nesta segunda-feira.

O próprio senador Fernando Collor de Mello (PTB) que foi um dos que disse ter unidade apenas com o nome de Calheiros e que se o nome fosse outro era necessário que a frente rediscutisse já tem outro discurso. O próprio Collor que tantas vezes – ainda que indiretamente – pressionou o líder do PMDB para se adiantar como candidato, já deu declarações extremamente favoráveis ao fato do deputado federal do PMDB liderar a frente.  É o andar da carruagem...

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